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    Um ano de Covid: Empresas fechadas e desemprego em alta são reflexos da pandemia

    Em setembro de 2020, segundo o IBGE, 14,6% dos brasileiros estavam sem trabalho

    Da CNN, em São Paulo

     

    Nesta semana, o Brasil completou um ano de pandemia de Covid-19 desde o primeiro caso confirmado, em São Paulo, no final de fevereiro de 2020. As rotinas habituais foram transformadas e adaptadas a uma nova realidade. A economia sofreu graves consequências, postos de trabalho foram fechados e o desemprego se agravou. 

    Enquanto milhares de brasileiros tiveram que se adaptar ao trabalho remoto, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), quase 14 milhões de pessoas ficaram sem emprego. Setembro de 2020 registrou o maior patamar de desemprego do ano, que ficou em 14,6%.

     

    Para os especialistas, tradicionalmente, os últimos meses do ano registram índices menores de desocupação por conta da alta nos setores de turismo e comércio. No entanto, em 2020, apesar da taxa ter diminuído um pouco em relação ao pico de setembro, o desemprego foi acompanhado da maior crise sanitária enfrentada no mundo nos últimos tempos.

    Algumas medidas governamentais foram criadas para contornar a crise econômica.

    “O auxílio emergencial ajudou a desacelerar o desemprego no Brasil, que poderia ser muito mais alto, mas ele veio ali, digamos, com esta ideia de minimizar, através da renda, alguns efeitos adversos da crise”, diz Joelson Sampaio, coordenador do curso de economia da FGV.

    Consumir e caixa de supermercados usando máscaras de proteção contra a Covid-19
    Consumir e caixa de supermercados usando máscaras de proteção contra a Covid-19
    Foto: Reprodução / CNN

    Mercados e farmácias, considerados serviços essenciais, conseguiram manter as contratações. E segundo a Associação Paulista de Supermercados, o setor abriu cerca de 80 mil vagas no país ao longo do ano passado, sendo 20 mil só em dezembro, o que representa o maior número da década.

    No entanto, de acordo com o IBGE, das vinte maiores altas nos preços, 19 são de alimentos. O óleo de soja, segundo o IPCA (Índice de Preços no Consumidor Amplo) subiu mais de 100%. Alimentos da cesta básica, como arroz e feijão, também sofreram com o crescimento que acompanha a alta da cotação do dólar. 

    Segundo o especialista, há sim uma expectativa de retomada, mas tudo depende da vacinação contra a Covid-19 e do controle do número de infectados, que no Brasil, continua extremo.

    “Existe uma expectativa melhor, em termos de resultados, em termos de crescimento econômico, mas isso vai depender muito de como a gente vai sair dessa crise sanitária e avançar no combate da Covid-19 no Brasil”, afirmou.

    (Publicado por Thâmara Kaoru)

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