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    UE revisa projeções para pior, com contração recorde e recuperação mais lenta

    Bloco de 19 países deve sofrer um recuo de quase 9% em 2020, de acordo com as projeções

    Conforme projetou a Comissão Europeia nesta terça-feira (7), a economia da zona do euro sofrerá uma recessão mais profunda neste ano e deve se recuperar com menos força do que se imaginava antes em 2021. Enquanto isso, França, Itália e Espanha sofrem mais dificuldades diante da pandemia de Covid-19.

    A avaliação acontece em meio a preocupações de que a recuperação dos Estados Unidos pode estar também vacilando no momento em que um aumento nas infecções por coronavírus leva Estados a adiar e em alguns casos reverter os planos de reabertura da economia.

    O Executivo da UE disse que o bloco de 19 países sofrerá contração recorde de 8,7% este ano antes de crescer 6,1% em 2021. No início de maio, a Comissão havia projetado recuo de 7,7% em 2020 e crescimento de 6,3% em 2021.

    A Comissão explicou que revisou suas projeções porque a suspensão das medidas de contenção da Covid-19 nos países da zona do euro está acontecendo com menos rapidez do que se previa inicialmente. O Executivo da UE cortou de forma significativa suas projeções anteriores para França, Itália e Espanha, e agora vê contração de mais de 10% este ano para cada um deles.

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    Para a Alemanha, maior economia da zona do euro, a Comissão moderou suas estimativas tanto para a contração em 2020 — para -6,3% de -6,5% em maio — quanto para a recuperação no próximo ano. O Comissário de Economia, Paolo Gentiloni, disse em entrevista à imprensa que, para reduzir os riscos de uma segunda recessão, as regras fiscais da UE podem permanecer congeladas mesmo após o retorno ao crescimento no próximo ano.

    As exigências de que os países mantenham o déficit fiscal abaixo de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) e reduzam a dívida foram suspensas durante a pandemia, em uma medida sem precedentes. Segundo Gentiloni, as regras podem ser reativadas apenas quando a produção do bloco voltar ao menos aos níveis de 2019. Mas nenhuma decisão foi tomada ainda e a questão continua sendo controversa.

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