UE envia ao Mercosul condições para retomada de negociações de acordo
Fontes do governo informaram à CNN que boa parte dos tópicos apresentados se refere a área ambiental, como metas de desmatamento, e social, como garantias na legislação trabalhista
A União Europeia encaminhou na noite desta sexta-feira (3) a autoridades do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC) e do Itamaraty um extenso documento com demandas dos europeus para que as negociações sejam oficialmente retomadas.
Fontes do governo informaram à CNN que boa parte dos tópicos apresentados se refere a área ambiental, como metas de desmatamento, e social, como garantias na legislação trabalhista.
De posse do documento, os negociadores do Mercosul vão se reunir na segunda-feira (6) em uma reunião preparatória de alinhamento para encontros que ocorrerão na terça-feira (7) e na quarta-feira (8), em Buenos Aires, com o Negociador-Chefe da União Europeia para o acordo com Mercosul, Rupert Schlegelmilch.
Será a primeira reunião oficial do Mercosul com os europeus do governo Lula. O acordo, negociado há 20 anos, teve sua conclusão anunciada pelo governo Jair Bolsonaro, mas, na prática, faltaram uma série de pontos a serem finalizados que nunca avançaram porque os europeus acabaram travando as negociações por divergências políticas com o agora ex-presidente.
Lula assumiu dando declarações favoráveis à retomada e a máquina administrativa do MDIC e do Itamaraty aceleraram a retomada. Do lado do Mercosul, há também uma série de demandas que estão sendo elaboradas para a reunião da próxima semana.
O Brasil, especificamente, tem críticas ao que classifica como “protecionismo ambiental” dos europeus — justificativas ambientais que travam a negociação, mas que são permeadas por restrições comerciais a abrir o continente para o Brasil.