Presidente da Turquia anuncia aumento de 50% no salário mínimo
Segundo Erdogan, a elevação representa o maior avanço no salário mínimo do país em 50 anos; valor poderá se alterar a depender do empregado ser casado e do número de filhos
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou nesta quinta-feira (16), o aumento do salário mínimo no país em 50% no ano que vem. Em pronunciamento, o dirigente apontou que o valor passará das atuais 2826 liras para 4250, medida que ocorre após a deliberação de um conselho sobre o tema, afirmou.
Segundo Erdogan, durante as tratativas, representantes de empregadores e funcionários estiveram presentes e convergiram para o aumento.
O valor poderá se alterar a depender do empregado ser casado e do número de filhos. Segundo o presidente, a elevação de 50% representa o maior avanço no salário mínimo do país em 50 anos. “Pelos princípios da nossa República, somos um estado de direito, e protegemos nossos trabalhadores do aumento dos preços”, afirmou Erdogan.
O presidente defendeu o crescimento da “Grande Turquia”, e disse que quanto mais a nação se desenvolver, mais os trabalhadores irão se beneficiar. Erdogan ainda fez comentários sobre a lira, dizendo que as tentativas de apresentar os valores em dólares, em uma potencial dolarização, se tratam de “especulações” que não devem ser feitas. “Nossa moeda é a lira turca, e não deixaremos ninguém lançar ataques contra nossa moeda”, afirmou.
“Há desafios, é claro, mas vamos superar todos, ninguém tenha dúvida. Nosso novo programa econômico oferece proteção aos trabalhadores”, afirmou Erdogan, dizendo que as políticas adotadas em seu governo são orientadas para gerar “empregos, produção, exportações e investimentos”. “Não deixaremos o futuro do nosso país com especuladores e taxas de juros”, disse ainda.
“Continuaremos tomando os passos necessários”, indicou, defendendo as medidas. Hoje, o Banco Central da Turquia (CBRT, na sigla em inglês) anunciou mais um corte da taxa básica de juros em um ponto porcentual, de 15% a 14%, apesar da persistente escalada inflacionária no país, que atinge cerca de 20% na comparação anual.