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    Turismo e exportações lideram retomada de empregos formais no pós-pandemia, diz CNC

    Levantamento com base no Caged mostra que dos setores econômicos, turismo apresentou a melhor capacidade de regeneração de postos de trabalho

    Elis BarretoThayana Araújoda CNN Rio de Janeiro

    Um levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que o turismo e o setores de exportação foram os que se recuperaram mais rapidamente das perdas da pandemia da Covid-19.

    Com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a CNC constatou que os 20 municípios com maior avanço na abertura líquida de postos de trabalho, são cidades em que a exportação agrícola e o turismo são as principais fontes de trabalho.

    Nesses setores, de junho de 2020 até fevereiro deste ano, o Brasil registrou um saldo 4,44 milhões de vagas de trabalho criadas, o que equivale a um aumento de 12% no de trabalhadores formais registrados, na comparação com o fim do primeiro semestre de 2020.

    De acordo com a CNC, os municípios de Canaã dos Carajás-PA (+66%), que lidera o ranking, e Parauapebas-PA (+24%), por exemplo, são polos de extração da indústria mineral. O município de Açailândia-MA (+27%) é conhecido por ser um polo produtor de ferro-gusa, um tipo de liga de ferro. Já os municípios de Pederneiras-SP (+23%) e Santo Antônio de Jesus-BA (+23%) se destacam pelas produções de açúcar e na citricultura.

    Dados do novo Caged mostram que a indústria extrativista foi o setor industrial que apresentou a maior variação relativa da área, com crescimento de 0,80%. Já a agropecuária apresentou a terceira melhor variação na criação de vagas, com crescimento de 1,02%.

    O economista Fabio Bentes, responsável pela pesquisa, explicou que esses dados não são uma amostra da economia brasileira, mas é um retrato de algo que ocorreu no mercado formal de trabalho e gerou uma “distorção positiva”.

    “A gente quis tirar um retrato do ponto de vista regional e temporal, a partir da retomada do mercado de trabalho. Então, consideramos municípios com pelos menos 10 mil trabalhadores formais contratados. Dessas 20 cidades, 50% são marcadamente conhecidas como polos turísticos, outras cinco tem a exportação de commodities agrícolas e industrial como polos econômicos relevantes”, aponta Bentes.

    O especialista completa ainda que com a normalização da circulação de consumidores, devido o relaxamento das medidas restritivas, o turismo apresentou a melhor regeneração.

    A tendência, segundo Bentes, é que onde a exportação e o turismo são fortes, as cidades mostraram uma recuperação mais acelerada nas vagas de trabalho. E essa tendencia deve se manter.

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