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    Trio de acionistas da Americanas propõe aporte de R$ 7 bilhões

    Após reunião com credores, Lemann, Telles e Sicupira também propuseram recompra de R$12 bilhões da dívida e conversão no montante total de cerca de R$ 18 bilhões

    Fabrício Juliãoda CNN , em São Paulo

    Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira propuseram aos credores da Americanas um aporte financeiro no valor de R$ 7 bilhões, conforme divulgado pela companhia nesta quinta-feira (16).

    O trio de acionistas-referência da varejista também propôs hoje, em reunião com os representantes dos bancos credores, a recompra de parte da dívida, na ordem de R$12 bilhões, e a conversão de dívidas financeiras no montante total de cerca de R$ 18 bilhões, sendo parte em capital e parte em dívida subordinada.

    Segundo divulgado pela Americanas em fato relevante, não houve acordo em relação às propostas apresentadas. “A companhia espera continuar mantendo discussões construtivas com seus credores em busca de uma solução sustentada que permita a continuidade de suas atividades”, disse.

    A Americanas deve apresentar um plano de recuperação judicial em 20 de março, data máxima em que se comprometeu com o MPT e entidades sindicais a não realizar demissões em massa dos funcionários.

    Desde o início da crise, o trio de acionistas tenta negociar a dívida de mais de R$ 40 bilhões com os credores, em especial os bancos, que detém a maior parte da dívida.

    Lemann, Telles e Sicupira se manifestaram pela primeira vez no fim de janeiro. Na ocasião, eles divulgaram uma carta em que diziam não ter tido conhecimento das inconsistências contábeis ao longo dos anos que levaram ao rombo bilionário da companhia.

    Quando a crise estourou, os três empresários famosos chegaram a negociar com bancos e ofereceram R$ 6 bilhões para reforçar a empresa. Mas os bancos acharam pouco. Queriam pelo menos R$ 10 bilhões para começar a conversar, e as partes não chegaram a um acordo.

    No entanto, em nenhum momento as duas partes chegaram a um acordo, o que levou a varejista a entrar com o pedido de recuperação. Alguns bancos, inclusive, travam batalhas na Justiça contra a Americanas.

     

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