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    Transporte de hidrogênio por navio será possível até 2025, diz Hyundai Heavy

    O anúncio ocorre em meio ao crescente interesse global em lançar o hidrogênio como alternativa de combustível mais limpa

    Por Jonathan Saul e Heekyong Yang, da Reuters

    A Korea Shipbuilding & Offshore Engineering (KSOE) espera ter a tecnologia para transportar hidrogênio por navio até 2025, disse um executivo, visando avanço no fornecimento do combustível apontado por alguns como importante fonte de energia limpa.

    O anúncio da KSOE, braço de construção naval da Hyundai Heavy, um dos maiores construtores navais do mundo, ocorre em meio ao crescente interesse global em lançar o hidrogênio como alternativa de combustível mais limpa.

    Um grande desafio é manter o hidrogênio refrigerado a menos 253 graus Celsius —apenas 20 graus acima do zero absoluto, a temperatura mais fria possível— para que permaneça na forma líquida, evitando o risco de partes de um recipiente rachem.

    “Já desenvolvemos um navio-conceito com capacidade de 20 mil metros cúbicos”, disse Yoo Byeong-yong, vice-presidente do Instituto de Pesquisa de Sistemas de Energia da KSOE.

    Embora pequenos em relação aos maiores superpetroleiros de gás natural liquefeito (GNL), que podem transportar até 266 mil metros cúbicos, os navios-tanque de hidrogênio crescerão em tamanho à medida que a tecnologia se desenvolver.

    Espera-se que cerca de 20 navios com capacidade de 20 mil metros cúbicos sejam construídos na década de 2030. Se a demanda crescer, poderá subir para 200 navios maiores de 170 mil metros cúbicos após 2040, segundo projeções da indústria da Coreia do Sul, uma das potências de construção naval. A KSOE espera que os navios-tanque sejam vendidos entre 2025 e 2027.

    Yoo disse que, nos estágios iniciais, os navios que transportam hidrogênio seriam abastecidos por GNL, mas poderiam ser movidos pelo próprio hidrogênio assim que o mercado de hidrogênio amadurecer.

    O transporte marítimo, que transporta cerca de 90% do comércio mundial e responde por quase 3% das emissões mundiais de CO2, está sob crescente pressão de ambientalistas para realizar ações mais concretas.

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