Terceiro leilão de Oferta Permanente da ANP movimenta R$ 422,4 milhões
Ágio foi de 854,8%.; foram oferecidos 379 blocos de 14 áreas de sete bacias marítimas e terrestres
O terceiro leilão de áreas da Oferta Permanente, realizado nesta quarta-feira (13) pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), terminou com R$ 422,4 milhões arrecadados e ágio de 854,8%.
Foram oferecidos 379 blocos de 14 áreas de sete bacias marítimas e terrestres: Santos, Pelotas, Espírito Santo, Recôncavo, Potiguar, Sergipe-Alagoas e Tucano.
Cerca de 15% dos blocos ofertados atraíram interessados do grupo de 14 empresas que participaram da disputa. Entra elas, estavam Total Energies, Shell Brasil e Ecopetrol. A Petrobras não apresentou ofertas.
Segundo a ANP, as ofertas de hoje são permanentes e a principal modalidade de licitação de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural no país. Os blocos são oferecidos de forma contínua, sem que as empresas precisem esperar uma rodada de licitação tradicional para o arremate.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, participou presencialmente do evento, que aconteceu no Rio de Janeiro.
“Sobre a rodada de hoje, podemos destacar o interesse de várias empresas que iniciaram ou consolidaram sua atuação no Brasil, adquirindo campos maduros da Petrobras através do processo de desinvestimento”, disse o ministro.
“Para o futuro precisamos manter o ritmo de ofertas diárias por demanda do mercado. O conselho nacional de política energética já autorizou a contratação de qualquer bloco disponível sob concessão e a inclusão de 11 áreas do polígono no pré-sal a serem licitadas no regime de partilha de produção até o final do ano no sistema de oferta permanente”.
Shell, Ecopetrol e Totalenergies levam blocos licitados na bacia de Santos
A Shell, em parceria com a Ecopetrol, e a TotalEnergies, sozinha abriram o terceiro ciclo da Oferta Permanente com apetite e garantiram, na primeira oferta, a arrecadação de R$ 415 milhões para o governo, além do compromisso de investimentos da ordem de R$ 307,9 milhões nos oito blocos adquiridos.
O maior lance foi da TotalEnergies, pelo setor S-M-1712, na bacia de Santos, de R$ 150 milhões, seguido por outro lance da mesma petroleira para o setor S-M-1815, de R$ 125 milhões, na mesma bacia.
O consórcio Shell e Ecopetrol, porém, foi o que mais adquiriu blocos, ficando com seis dos oito ofertados e desembolsando de R$ 140 milhões. A sociedade é dividida em 70% para a Shell e 30% para a petroleira colombiana.
Bacia de Pelotas
Os nove blocos localizados no setor SP-AP4 da Bacia de Pelotas, no litoral do Rio Grande do Sul, não receberam propostas no leilão realizado pela ANP.
Bacia do Espírito Santo
Já a área SES-T4, na Bacia do Espírito Santo, teve um bloco arrematado pela empresa CE Engenharia, que ofereceu bônus de R$ 205 mil, ágio de 310%. A empresa prevê investimentos de R$ 1,04 bilhão na área arrematada, que tem 16 quilômetros quadrados.
Também na Bacia do Espírito Santo, o consórcio Imetame (30%), Seacrest (50%) e ENP Ecossistemas (20%) levaram o setor SES-T6 por R$ 150 mil.
Petroborn e NFT levam blocos da bacia do Recôncavo
A Petroborn, empresa baiana especializada em campos maduros, levou dois blocos da bacia do Recôncavo ofertados no terceiro ciclo da Oferta Permanente, o primeiro em disputa com a Apoema Consultores, e o segundo sem concorrência.
A petroleira vai desembolsar R$ 571,7 mil pelos dois blocos em terra REC-T-103 (R$ 360,5 mil) e Rec-T-165 (R$ 211,5 mil), do setor REC-T1.
No setor REC-T2, a NFT levou o bloco REC-T-24, por R$ 501 mil, após disputa com a Apoema e a Petroborn. A empresa, em parceria com a Newo, também arrematou o bloco REC-T-191, por R$ 80 mil.
No total, as empresas vão investir R$ 14,5 milhões nos blocos adquiridos.
*Com informações de Cleber Rodrigues, da CNN, e Estadão Conteúdo