Sob protestos, PIB do Chile encolhe 2,1% no quarto trimestre
Na comparação anual, houve crescimento de 1,1%; Manifestações contra a desigualdade social e coronavírus dificultam atuação das autoridades chilenas
O Produto Interno Bruto do Chile reduziu 2,1% no quarto trimestre de 2019 em comparação com o ano anterior, informou o banco central chileno nesta quarta-feira, deixando o crescimento anual em 1,1%.
A economia chilena foi devastada por manifestações e violentos distúrbios contra a desigualdade que se espalharam por todo o país e começaram em meados de outubro de 2019. Os protestos, que continuaram até o final do ano, ofuscaram perspectivas imediatas de crescimento e investimento no principal produtor de cobre do mundo.
O PIB chileno caiu 4,1% em relação ao terceiro trimestre, informou o banco central do país. A demanda doméstica recuou 3,3% ante o quarto trimestre de 2018.
A economia chilena agora enfrenta um desafio ainda maior, à medida que o surto de coronavírus começa a diminuir as expectativas para 2020.
O Credit Suisse espera que o PIB do Chile diminua 1,5% este ano, em comparação com a previsão anterior de crescimento de 1,8%. O Chile provavelmente será afetado pelo crescimento mais fraco da China, um dos seus principais destinos de exportação, afirmou a instituição financeira.