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    Situação financeira piorou para 78,5% dos brasileiros durante pandemia, diz estudo

    Levantamento mostra, em contrapartida, que o consumo de alimentos e bens duráveis deve voltar a crescer em breve

    Lucas Janoneda CNN , no Rio de Janeiro

    Por conta das restrições econômicas durante a pandemia, o aumento no desemprego e a alta da inflação, 78,5% dos brasileiros afirmam que a situação financeira piorou durante a crise sanitária causada pelo novo coronavírus. É o que destaca um levantamento feito pela Bateiah, empresa especializada em consultoria e pesquisas, que contou com a participação de 1,4 mil pessoas em todo o país e tem um nível de confiança de 95%.

    “A grande maioria dos brasileiros sente que sua situação financeira atual piorou no comparativo ao antes da pandemia. O número mostra que quase oito em cada dez pessoas tiveram uma queda econômica aos longos dos últimos meses compreendidos neste período de crise”, ressalta a pesquisa.

    Segundo o estudo, a situação para 36,5% dos brasileiros piorou ‘muito’ durante a pandemia do novo coronavírus, enquanto 42% das pessoas perceberam uma piora, porém não muito acentuada. Apenas 21,4% da população verificou uma melhora nas finanças durante a pandemia de Covid-19.

    Os brasileiros com menor poder aquisitivo sentiram mais a piora na situação financeira atual, de acordo com o levantamento.

    Entre as pessoas que ganham até 2 salários-mínimos, quase a metade percebe uma situação financeira ‘muito’ pior. Apenas 12% das pessoas nesta condição financeira afirmaram uma melhora econômica. Já entre a população que recebe mais de 10 salários-mínimos, 55% das pessoas dizem que a situação financeira melhorou.

    Em contrapartida, o levantamento destaca que o consumo deve voltar a crescer em breve no Brasil. Entre as pessoas com menor poder aquisitivo, a tendência é que a alta deve ser referente a alimentos e bebidas, com destaque para a carne vermelha. Já a comercialização de produtos com alto valor agregado, como eletrônicos e eletrodomésticos aparecem como preferência para as pessoas com maior poder aquisitivo.

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