Setores da economia alegam prejuízos bilionários por apagão e pressionam Enel
Varejo e serviços, bares e restaurantes, além da indústria, estão entre os setores que subiram tom contra apagão em São Paulo
Os prejuízos alegados por setores da economia como resultado do apagão em São Paulo superam a casa do bilhão, e as entidades reforçam pressão sobre a Enel, distribuidora de energia na capital paulista.
Somente os setores de varejo e serviços da cidade, por meio da Fecomércio-SP, alegam cerca de R$ 1,65 bilhão em perdas. A Federação indica ainda que este valor deve subir, visto que uma série de estabelecimentos seguem sem energia nesta terça-feira (15).
A Abrasel-SP, que representa bares e restaurantes, indica que metade dos 155 mil estabelecimentos da cidade foram afetados pelo apagão, com perda mínima em R$ 10 mil. Neste cenário, o prejuízo seria superior a R$ 775 milhões.
A entidade levou a pressão sobre a Enel à esfera jurídica. Nesta terça ajuizou uma ação contra a empresa cobrando indenização de R$ 20 mil por estabelecimento impactado. Este valor considera apenas seus 5 mil associados.
Quem também pressiona a Enel é a Fiesp, federação dos industriais do estado. A entidade pediu que as autoridades públicas façam a Enel “cumprir todas as cláusulas do seu contrato de concessão” para distribuição da energia.
“Não se pode mais postergar soluções que evitem o quadro atual […] Não se pode permitir que a região de maior desenvolvimento econômico do país não tenha uma concessionária que cumpra suas obrigações […] É preciso uma resposta consistente”, disse em nota.
O posicionamento da Fecomercio pressiona a Enel pelo reestabelecimento da energia na capital, mas é mais amplo em sua crítica: “todas as instâncias de governo, apesar de grandes arrecadadoras de tributos, não conseguem fornecer este serviço básico”, diz ao pedir uma reforma administrativa.
A CNN procurou a Enel para que comentasse as críticas. Até a publicação desta reportagem, não houve resposta. Dias após as ventanias e chuvas atingirem a capital, cerca de 200 mil imóveis seguem sem luz.
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