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    Setor de serviços fica estável em maio após dois meses de alta, diz IBGE

    No acumulado de janeiro a maio de 2024, o volume de serviços nacional cresceu 2,0% frente ao mesmo período do ano anterior

    Reuters

    O setor de serviços brasileiro interrompeu dois meses seguidos de alta e registrou estabilidade em maio, um resultado que ainda assim foi melhor do que o esperado, enquanto as enchentes no Rio Grande do Sul impactaram o índice de turismo.

    Na comparação com o mesmo mês de 2023, o volume de serviços apresentou alta de 0,8%, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Os resultados foram melhores do que as expectativas em pesquisa da Reuters de quedas de 0,8% na comparação mensal e de 0,1% na base anual.

    Em maio, o setor de serviços estava 12,7% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 0,9% abaixo do ponto mais alto da série histórica, de dezembro de 2022.

    A expectativa é de que o setor de serviços ajude e impulsionar a atividade econômica brasileira em um ambiente que favorece o consumo, com mercado de trabalho aquecido, inflação controlada e aumento da renda.

    No entanto, a inflação mostra-se como uma preocupação, principalmente a de serviços, com o Banco Central tendo interrompido o ciclo de afrouxamento monetário e mantido a taxa básica de juros Selic em 10,5% em junho.

    Entre as cinco atividades pesquisadas, três tiveram queda no volume em maio, com destaque para o recuo de 1,6% do setor de transportes.

    “Influenciado, principalmente, pela menor receita vinda do transporte aéreo, e, em seguida, do rodoviário coletivo de passageiros”, disse Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.

    O volume de transporte aéreo despencou 15,3% em maio frente a abril, enquanto o de passageiros como um todo teve queda 7,0%.

    Também tiveram retração no volume as atividades de informação e comunicação (-1,1%) e outros serviços (-1,6%).

    Por outro lado os serviços prestados às famílias cresceram 3,0% no mês impulsionado por restaurantes, enquanto serviços profissionais, administrativos e complementares tiveram expansão de 0,5%.

    “A ocorrência do Dia das Mães pode ter ajudado a explicar esse avanço, por conta de um movimento maior de pessoas que saem para comer fora de casa em reuniões familiares. Além disso, aconteceu o show da Madonna no Rio de Janeiro”, disse Lobo sobre o desempenho dos serviços prestados às famílias.

    O índice de atividades turísticas, por sua vez, foi afetado pelas enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul em maio e recuou 0,2% ante abril, após dois meses de ganhos.

    O IBGE destacou que a análise para o Rio Grande do Sul no setor de serviços como um todo precisará de mais tempo, mas no turismo o Estado registrou queda de 32,3%.

    “Resultado explicado, em grande medida, pelos desastres provocados pelas enchentes, que danificaram os estabelecimentos de prestação de serviços, destruíram a infraestrutura das cidades e reduziram, em larga escala, a mobilidade da população”, disse Lobo.

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