Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Setor de serviços do Brasil cresce 0,4% em março, diz IBGE

    Em comparação com o ano anterior, atividade teve queda de 2,3%

    Café no Rio de Janeiro09/08/2005REUTERS/Sergio Moraes SM/PN
    Café no Rio de Janeiro09/08/2005REUTERS/Sergio Moraes SM/PN REUTERS/Sergio Moraes SM/PN

    Reuters

    O setor de serviços brasileiro voltou a registrar crescimento em março e encerrou o primeiro trimestre indicando resiliência da atividade com resultado melhor do que o esperado.

    O volume de serviços teve em março expansão de 0,4% em relação ao mês anterior, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    O resultado marcou o segundo mês no azul no ano depois de alta de 0,5% em janeiro e queda de 0,9% em fevereiro, e ainda ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de crescimento de 0,2%.

    Com isso, o volume de serviços ficou 12,1% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 1,5% abaixo do ponto mais alto da série histórica, alcançado em dezembro de 2022.

    Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o volume registrou queda de 2,3%, contra expectativa de retração de 2,2%.

    O setor de serviços terminou 2023 e iniciou o ano com resultados positivos, refletindo um cenário favorável ao consumo com inflação controlada e mercado de trabalho aquecido, o que indica um bom momento da atividade econômica brasileira.

    A redução dos juros também tende a ajudar, embora a taxa básica Selic ainda permaneça em um nível elevado de 10,5%, mas não se descarta uma desaceleração do setor de serviços este ano, acompanhando a acomodação da atividade econômica.

    Os dados do IBGE mostram que em março quatro das cinco atividades pesquisadas tiveram avanço no volume. O principal destaque foi o crescimento de 4,0% do setor de informação e comunicação, eliminando a perda de 2,5% registrada em fevereiro.

    Esse resultado marcou o crescimento mais intenso para essa atividade desde janeiro de 2017, alcançando ainda o patamar mais alto da série histórica.

    “Essa expansão é explicada pelas altas de um conjunto de serviços investigados dentro de serviços de tecnologia da informação, tais como: desenvolvimento e licenciamento de software; portais, provedor de conteúdo e ferramenta de busca da internet; e consultoria em TI”, disse Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.

    Outro destaque foi alta de 3,8% de serviços profissionais, administrativos e complementares, após queda de 2,1% no mês anterior.

    “O que se observa nos últimos meses, é que, em geral, os serviços voltados às empresas são mais dinâmicos. Assim, estão ditando o ritmo do setor de serviços, mais do que os serviços voltados às famílias”, completou Lobo.

    Também registraram crescimento em março as atividades de transportes (0,3%) e serviços prestados às famílias (0,6%). Outros serviços ficou estável.

    O índice de atividades turísticas, por sua vez, avançou 0,2% em março na comparação com fevereiro, após dois meses seguidos de perdas. Em março, o segmento estava 2,3% acima do patamar de pré-pandemia e 5,3% abaixo do ponto mais alto da série.