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    Servidores do BC confirmam paralisação parcial para esta quinta-feira (10)

    ”Greve por tempo indeterminado pode ser apreciada já na semana que vem”, disse o presidente do Sinal, Fábio Faiad

    Eduardo Hahon*da CNN , em Brasília

    Servidores do Banco Central realizam paralisação parcial nesta quinta-feira (10), das 14h às 18h. O protesto da categoria, que demanda reajuste salarial e reestruturação de carreira, foi confirmado pelo presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad.

    Em nota, o sindicato afirmou que, caso não seja feita uma proposta concreta de reajuste salarial, a possibilidade de greve imediata por tempo indeterminado poderá ser apreciada já na próxima semana.

    Faiad também disse que o encontro entre representantes dos servidores e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que aconteceria no final desta semana, foi desmarcado pela equipe do BC.

    A quebra do compromisso motivou os servidores a enviar carta ao presidente do Banco, nesta quarta-feira (9), ressaltando a “defasagem salarial [dos servidores], em função de perdas inflacionárias acumuladas”.

    “Não há como explicar para os servidores a concessão de aumentos para apenas algumas carreiras, as quais, inclusive, na última reforma da previdência, já foram tratadas de forma diferenciada. No médio prazo, a consolidação das carreiras do BCB em patamar inferior a outras carreiras pode transformar o BCB em uma Instituição “de passagem” para os servidores, aumentando a rotatividade e diminuindo a estabilidade do cumprimento da missão do BCB”, comentou Faiad.

    Os funcionários do Banco Central também destacaram os quase 10 anos sem a realização de concursos públicos, com “sucessivas negativas do Ministério da Economia”. “Alertamos que, com o grande número de pessoas que podem se aposentar nos próximos anos, corremos o risco de ter perda relevante de conhecimento organizacional sem a necessária transferência de expertise geracional e preparação de novos quadros e, até mesmo, risco de sofrermos um colapso no cumprimento de algumas das nossas atribuições”, afirmou o presidente do Sinal.

    Esta será a quarta paralisação parcial da categoria em 2022. O movimento teve como estopim a sinalização por parte do governo federal de aumento para forças de segurança, com recursos previstos no Orçamento de 2022.

    *Estagiário sob supervisão de Rodrigo Vasconcelos

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