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    Será difícil pagar dívida sem aumentar impostos, diz Alexandre Schwartsman

    No entanto, segundo o economista, aumentar a carga tributária sem tratar da questão dos gastos é "enxugar gelo"

    Da CNN

    O economista Alexandre Schwartsman considera “acertada” uma possível prorrogação do auxílio emergencial até dezembro. Isso porque, segundo ele, a resposta descoordenada, especialmente do governo federal, no combate à crise não tem nenhuma perspectiva de uma rápida resolução.

    “É o que sobra, mesmo porque, se for levar em conta o histórico das decisões do governo e da sua articulação, dificilmente o Renda Brasil ficará pronto a tempo”, justificou em entrevista à CNN nesta segunda-feira (3).

    Conforme antecipou a analista da CNN Renata Agostini, a equipe econômica estuda manter o auxílio emergencial até dezembro caso o Renda Brasil, programa que irá substituir o Bolsa Família, não fique pronto até setembro. A ideia é que o valor seja menor do que os atuais R$ 600, além de restringir o número de beneficiários.

    Questionado se será possível resolver os gastos elevados devido à pandemia sem aumentar a carga tributária, o economista disse que “muito provavelmente” vão querer aumentá-la, mesmo que se consiga fazer com que as despesas caibam dentro do teto de gastos.

    “A dinâmica do teto significa que a gente voltaria a ter superávits para começar a pagar um pedaço do juro da dívida lá em 2023 e 2024. Vai precisar fazer algo antes. Agora, aumentar a carga tributária sem tratar da questão dos gastos é enxugar gelo”, completou.

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    Além da dificuldade em lidar com a pandemia, a segunda grande questão considerada por Schwartsman é que independentemente da prorrogação ou não do auxílio emergencial, existem outros gastos como o do funcionalismo e da previdência. 

    “Mas [o governo] não faz reforma, então, obviamente, em algum momento a gente vai bater literalmente de cara na parede”, afirmou.

    (Edição: Paulo Toledo Piza).

     

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