Segundo trimestre de 2022 foi o melhor para pequenas indústrias em 11 anos, diz CNI
Falta de matérias-primas ou custos altos seguem como maiores preocupações do segmento
O segmento de pequenas indústrias no Brasil teve em 2022 o melhor segundo trimestre em 11 anos, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Entre abril e junho deste ano, o Índice de Desempenho para as indústrias de pequeno porte ficou em 47,4 pontos, acima da média do primeiro trimestre (45,5 pontos) e do mesmo período em 2021 (46,5 pontos).
O indicador vai de 0 a 100 pontos. Quanto maior o valor, melhor o desempenho do segmento no período.
O levantamento indica ainda uma melhora das condições financeiras no segmento, com um aumento de 0,2 ponto no Índice de Situação Financeira na comparação com o trimestre anterior.
A CNI destaca também uma melhora em relação ao segundo trimestre de anos anteriores. Em 2022, o indicador registrou 41,2 pontos, ante 37,2 pontos em 2021 e 37,9 em 2020.
De acordo com a pesquisa, a falta ou alto custo de matéria-prima segue sendo o principal problema enfrentado por pequenas indústrias nas áreas de extração, transformação e construção.
Em segundo lugar, está a “elevada carga tributária” no Brasil. Outros problemas citados na pesquisa incluem uma taxa de juros elevada, demanda interna insuficiente e falta ou alto custo de trabalhadores qualificados.
Já o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) seguiu acima da média histórica, de 52,8 pontos, em julho. O indicador registrou 57 pontos entre proprietários de pequenas indústrias, mas caiu 1,3 ponto em relação a junho de 2022.
O Índice de Perspectivas, calculado a partir da visão dos empresários para os próximos meses, caiu 0,9 ponto entre junho e julho, para 51,3.
No segundo trimestre, o indicador registrou 51,5 pontos, acima dos 51,2 do primeiro trimestre. Um valor acima de 50 pontos indica otimismo entre os entrevistados.
“Os empresários seguem otimistas e as perspectivas para pequena indústria seguem em patamar positivo”, afirma a CNI.