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    Desafio na privatização da Eletrobras é a segregação da Eletronuclear, diz CEO

    Os investimentos nas obras da usina nuclear de Angra 3 desde dezembro de 2020 até 2023 deverão somar R$ 6 bilhões, segundo apresentação recente da Eletronuclear

    Roberto Samorada Reuters da Reuters

    Um dos grandes desafios do processo de privatização da Eletrobras é a segregação de ativos como Angra 3, que pertencem à subsidiária Eletronuclear e deverão formar uma nova estatal, uma vez que a energia nuclear precisa ser tutelada pelo estado no Brasil, disse o presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp.

    “O maior desafio na nossa visão é estruturação de Angra 3, com a consequente segregação da Eletronuclear, porque este não é um fato isolado, tem a questão da tarifa, tem a constituição da empresa, o aporte de recursos, é preciso definir a modelagem da segregação…”, disse Limp, ao ser questionado.

    Em live realizada pelo Bradesco BBI, ele afirmou que o BNDES já está em fase avançada com a proposta para a modelagem da segregação da Eletronuclear, e até o final de setembro deve ter concluído este processo.

    Os investimentos nas obras da usina nuclear de Angra 3 desde dezembro de 2020 até 2023 deverão somar R$ 6 bilhões, segundo apresentação recente da Eletronuclear.

    Limp disse ainda que a companhia tem trabalhado para que todos os outros desafios sejam mitigados, para que a privatização possa ocorrer até fevereiro, dentro do cronograma.

    O executivo não descartou a possibilidade de este cronograma ser alterado, caso haja algum percalço, mas destacou que seria importante a privatização ocorrer o quanto antes, até porque haverá eleição geral em 2022.

    “Claro que também não deixamos de olhar um plano B, caso aconteça algum fato, teremos que trabalhar com outros cenários alternativos… É importante que aconteça o quanto antes, para minimizar o efeito de volatilidades no mercado, o processo eleitoral, o quanto antes conseguirmos fazer, melhor.”

    No que se refere ao governo, ele disse que o comprometimento da administração federal é “total” com a privatização, e o governo inclusive conta com aporte de R$ 5 bilhões da Eletrobras, vinculado à desestatização, para aliviar tarifas de energia no ano que vem em meio ao cenário de custos altos de geração.

    Na véspera, o governo definiu que a Eletrobras antecipará R$ 5 bilhões à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em 2022, com o objetivo de ajudar a aliviar a pressão de alta nas tarifas de eletricidade.

    A parcela integra os R$ 29,8 bilhões que deverão ser destinados à CDE, conforme previsto nas regras de privatização da Eletrobras, visando a chamada modicidade tarifária, por um período de 25 anos.

     

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