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    Santander registrou lucro de R$ 2,73 bilhões no 3º trimestre

    Expectativa era de R$ 2,75 bilhões no trimestre

    por Gabriel Araujo e Alberto Alerigi Jr., de Reuters

    O Santander Brasil anunciou nesta quarta-feira (25) que teve lucro líquido recorrente de R$ 2,73 bilhões para o terceiro trimestre, abaixo dos R$ 3,1 bilhões divulgados no mesmo período do ano passado.

    Em média, analistas esperavam que o banco de origem espanhola apurasse um resultado líquido recorrente de R$ 2,75 bilhões para o trimestre de julho ao final de setembro, segundo dados da Lseg.

    A margem financeira bruta – o ganho de um banco com a diferença entre o que cobra de juros dos clientes e o custo de captação dos recursos – somou R$ 13,4 bilhões no terceiro trimestre, ante R$ 12,6 bilhões reportados no mesmo período de 2022.

    Na comparação com o segundo trimestre de 2023, porém, o indicador mostrou retração de 1,2%, segundo o balanço divulgado nesta quarta-feira.

    O presidente-executivo do Santander, Hector Grisi, afirmou durante conferência sobre os resultados do banco espanhol que espera que a margem financeira da unidade brasileira melhore no atual trimestre ante o terceiro.

    O Santander Brasil seguiu mantendo a estratégia dos últimos trimestres de “ser mais seletivo” na concessão de crédito, focando em produtos com garantias e clientes menos arriscados.

    Segundo o banco, foi essa seletividade que fez a margem financeira recuar 1,2% no trimestre.

    “No entanto, obtivemos crescimento de volumes e boa performance na margem de passivos, o que nos indica uma perspectiva positiva para os próximos trimestres”, afirmou o vice-presidente financeiro do Santander Brasil, Gustavo Alejo, no balanço.

    O Santander Brasil divulgou rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROAE) de 13,1% ante expectativas do mercado de 13,2%.

    Tal desempenho representa uma queda frente ao mesmo período de 2022 (15,6%), mas é melhor do que o reportado no segundo trimestre deste ano (11,2%).

    A despesa com provisão para inadimplência somou R$ 5,62 bilhões no período, queda de 6% na comparação com o segundo trimestre.

    Já as despesas gerais ficaram praticamente estáveis, mostrando oscilação positiva de 0,9% sobre o segundo trimestre, a cerca de R$ 6 bilhões. Mas seguem em patamar acima do verificado um ano antes, quando as despesas somaram R$ 5,69 bilhões.

    O Santander Brasil apurou uma taxa de inadimplência de operações de crédito vencidas há mais de 90 dias de 3% no trimestre passado, abaixo dos 3,3% do segundo trimestre e estável sobre a divulgação de um ano antes para o período.

    Os indicadores de inadimplência futura também mostraram queda, com o índice de operações vencidas entre 15 e 90 dias recuando de 4,2% para 4%.

    A carteira de crédito expandida chegou a R$ 625,49 bilhões no final de setembro, ligeiro avanço de 1,3% na comparação trimestral e acima dos R$ 565,91 bilhões de um ano antes.

    “O foco do banco no ajuste do perfil de risco na originação está começando a mostrar resultados, particularmente nas tendências de qualidade dos ativos. Por outro lado, as pressões de NIM (margem financeira) continuam”, afirmaram analistas do Citi liderados por Rafael Frade, em relatório a clientes reiterando a recomendação “neutra” para as units do banco.

    Veja também: Governo vê “sinal amarelo” na economia

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