Saiba o que é o G7, o grupo das maiores economias do mundo
Cúpula, que conta com a participação do Brasil, ocorre a partir desta sexta-feira (19), na cidade de Hiroshima, no Japão
O que é o G7?
O G7 é a abreviação de Grupo dos Sete, uma organização de líderes de algumas das maiores economias do mundo: Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos.
Apesar de o grupo ser restrito às sete nações, comumente outras são convidadas para as cúpulas. Para Hiroshima foram chamados representantes de Austrália, Brasil, Vietnã, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, Comores e Ilhas Cook.
Os membros do G7 se reúnem anualmente em uma cúpula para discutir questões urgentes no cenário global e coordenar políticas. A segurança internacional e a economia global são frequentemente tópicos de discussão.
O encontro dos líderes é o principal evento do G7, mas não o único. Nas semanas que antecedem a cúpula, outras agendas específicas são realizadas, como encontros entre ministros da saúde, educação, finanças e banqueiros centrais.
G7 e G8
As reuniões começaram como o “Grupo da Biblioteca”, fundado na década de 1970 pelo então Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, George Shultz. Ministros das finanças dos Estados Unidos, França, Alemanha e Reino Unido se reuniam para “conversas informais” para tentar estabilizar a turbulência cambial.
O Japão aderiu logo depois, e em 1975, com dois dos participantes originais — França e Alemanha — enviando seus presidentes, os encontros tornaram-se reuniões de chefes de estado e de governo. Canadá e Itália logo se juntaram e a cúpula ficou conhecida como o Grupo dos Sete.
Em 1998, o grupo aceitou a entrada da Rússia para incorporar o país na economia global após o colapso da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no início da década de 1990.
A partir de então, o grupo passou a ser chamado de G8. Os russos, porém, foram expulsos do grupo em 2014 após a anexação da Crimeia por Moscou, e o colegiado retornou ao seu nome original.
Por que Hiroshima?
Neste ano, as reuniões estão sendo realizadas em cidades espalhadas pelo Japão.
Até a escolha da sede para este ano traz uma “mensagem” para o conflito no Leste Europeu. O encontro acontecerá em Hiroshima, “cidade que se recuperou dos danos catastróficos de uma bomba atômica e que continua buscando uma paz mundial duradoura”, segundo o informativo da reunião.
Segundo o primeiro-ministro do país asiático, Fumio Kishida, por conta da “agressão contra a Ucrânia” e do “risco crescente de uso de armas de destruição em massa”, o Japão demonstra a “determinação do G7 em negar categoricamente as agressões militares, bem como tentativas de derrubar a ordem internacional com significado histórico”.
*Publicado por Danilo Moliterno e Gabriel Bosa