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    Rosa Weber autoriza oitiva de ex-presidentes da Petrobras e do Banco do Brasil

    Dirigentes devem ser ouvidos para apurar suposta tentativa de interferência de Bolsonaro na petrolífera

    Gabriela CoelhoRodrigo Vasconcelosda CNN , em Brasília

    A ministra Rosa Weber, presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou as oitivas do ex-presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e do ex-presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, sobre declarações da existência de mensagens que poderiam incriminar o presidente Jair Bolsonaro (PL).

    “Defiro, pois, o pedido de diligências preliminares formulado pelo Ministério Público Federal, nos moldes antes expostos. Encaminhem-se, para esse fim, os presentes autos à Procuradoria-Geral da República”, determinou.

    A movimentação ocorreu em ação apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues após uma reportagem do portal “Metrópoles” afirmar que o ex-presidente da estatal Roberto Castello Branco declarou em um grupo privado que seu antigo celular funcional tinha provas que poderiam incriminar o mandatário.

    No início de julho, a PGR pediu para ouvir os ex-gestores. Para a PGR, Castello Branco deve ser questionado para elucidar quais mensagens e áudios do celular corporativo que detinha e que, especificando o seu teor, poderiam “incriminar” o Presidente da República, além das datas, circunstâncias e contextos foram encaminhadas ou recebidas, além de explicar por qual motivo não os apresentou às autoridades competentes quando da primeira oportunidade possível.

    Quanto ao ex-presidente do Banco do Brasil, a PGR afirmou que será uma oportunidade em que deverá aclarar, entre outros questionamentos pertinentes, o histórico de contato com o ex-presidente da estatal, a natureza da conversa travada, se conhece e consegue detalhar as mensagens e os supostos fatos e tipos delitivos aos quais Roberto Castello Branco teria se reportado.

    Segundo a PGR, os elementos apresentados até o presente momento não comportam convicção ministerial suficiente para a instauração da investigação pedida.

    No início de julho, Rubem Novaes disse à analista Renata Agostini que, sobre a troca de mensagens, cabe a Castello Branco esclarecer. E diz que não teve interferência do presidente Jair Bolsonaro em sua gestão. A reportagem não conseguiu contato com Castello Branco ou seus defensores.

    Rosa Weber decidiu sobre o pedido do MP por conta do recesso, e ela responde pelo STF como presidente em exercício até esta sexta-feira (15). O relator do processo é o ministro Luís Roberto Barroso.

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