Rio de Janeiro: 2º maior PIB municipal do país, 295º em PIB per capita
Prefeito que assumir a cidade em 2021 terá que comandar uma economia do tamanho de países inteiros como Uruguai, Costa Rica e Bolívia
O próximo prefeito do Rio de Janeiro, a ser decidido nas eleições municipais que acontecem neste mês, sabe que a cidade que vai assumir não é um município trivial dentre os 5.568 que compõem o país.
A disputa pela prefeitura local, de acordo com as pesquisas, está travada entre o ex-prefeito da capital Eduardo Paes (DEM), na liderança; o atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) e a Delegada Marcha Rocha (PDT), que brigam pelo segundo lugar e pela ida ao segundo turno.
O primeiro turno das eleições será neste domingo, 15, e o segundo turno acontece em 29 de novembro.
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Com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 337,6 bilhões em 2017, dado oficial mais recente, a cidade do Rio de Janeiro perde apenas para São Paulo (R$ 699,3 bilhões) e tem a segunda maior economia do país. O dado é calculado anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em termos de participação, 5% de toda a riqueza gerada no Brasil sai de lá. São Paulo, a primeira, responde por 10% do PIB nacional, com Brasília (3,7%) e Belo Horizonte (1,6%) vindo na sequência. Juntas, essas quatro capitais respondem por um quinto de todo o PIB do país.
O valor também dá à capital fluminense, sozinha, um PIB igual ou maior que o de países inteiros como Costa Rica (US$ 61,7 bilhões), Uruguai (US$ 56 bilhões), Líbano (US$ 53,3 bilhões) e Bolívia (US$ 40,8 bilhões). Os dados globais são do Banco Mundial, referentes a 2019. Convertido para dólares à cotação atual, o PIB carioca seria de US$ 61,65 bilhões.
Atrás na lista de PIB per capita
Apesar do tamanho em valores absolutos, a economia do Rio não figura bem nos rankings de PIB per capita, que dão uma ideia um pouco melhor do nível de riqueza e de desenvolvimento daquela população.
Em 2017, o PIB per capita do carioca era de R$ 51.776, o que o colocava na 295ª posição na lista nacional. O PIB per capita total do Brasil naquele ano era de R$ 31.834.
É normal que as cidades maiores e mais populosas fiquem para trás nos rankings de renda média. No Brasil, a lista do PIB per capita é dominada por cidades médias do interior como Paulínia (SP), Triunfo (RS), Louveira (RS), Presidente Kennedy (ES) e São Gonçalo do Rio Abaixo (MG). São elas as primeiras colocadas, com média per capita de mais de R$ 280 mil cada.
São Paulo (R$ 57.759) está em 211º lugar e Brasília (R$ 80.502) em 94º. Mas, no caso do Rio, essa posição vem piorando. E rápido.
Se em 2017 a cidade era a 295ª colocada, um ano antes – 2016, quando sediou os Jogos Olímpicos –, era a 280ª. Em 2014, quando serviu de sede também à Copa do Mundo, estava em 263ª e, em 2010, era a 234ª.
A queda de mais de 30 posições em menos de uma década mostra que, mesmo que tenha crescido, o PIB médio por pessoa da cidade do Rio cresceu menos do que no restante do país.
Não por coincidência, a derrocada aconteceu ao longo da mesma década em que os preços do petróleo – produto nevrálgico para a economia da cidade que é a porta de entrada para o pré-sal – saíram do recorde histórico para baixas acentuadas. Foi também nesse mesmo bonde que o estado do Rio como um tudo mergulhou em uma crise econômica que afundou as suas finanças.
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