Reunião do G20 sobre reformulação de bancos multilaterais deve acontecer em outubro, diz Haddad
Ministro afirma que será apresentado um roteiro para tornar essas instituições "melhores, maiores e mais eficazes"
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quinta-feira uma reformulação da governança de bancos multilaterais para ampliar representatividade de países em desenvolvimento, ressaltando que propostas sobre o tema serão levadas à deliberação de ministros do G20 em outubro.
Em discurso durante reunião de ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20, em Washington, nos Estados Unidos, Haddad afirmou que o grupo está avançando em discussões sobre aumento de capital e um mecanismo de revisão das necessidades de capital dessas instituições.
Segundo ele, após análise de propostas por grupos do G20 e bancos multilaterais, será apresentado um roteiro para tornar essas instituições “melhores, maiores e mais eficazes”.
O documento será submetido para aprovação dos ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20 na reunião de outubro, também em Washington.
“Entre os componentes centrais do roteiro do G20 está o incentivo a compromissos ambiciosos para a reposição do capital e a expansão das janelas concessionais dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento”, disse.
“Além disso, estamos avançando nas discussões sobre o aumento geral de capital e a possível criação de um mecanismo de revisão das necessidades de capital dessas instituições”.
A Reuters mostrou na quarta-feira que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) planeja divulgar no sábado comunicado com metas conjuntas dos bancos multilaterais de desenvolvimento que deverão envolver o compartilhamento de prioridades e a possibilidade de cofinanciamento de projetos.
Haddad reforçou no discurso que a reforma da governança global é uma prioridade da presidência brasileira do G20.
O ministro também disse ser crucial que o G20 incentive discussões sobre o papel das agências de classificação de crédito, incluindo a avaliação de risco dos bancos multilaterais.