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    Retirada de estímulos será feita de forma ‘gradual’, diz Guindos, do BCE

    O vice-presidente tratou de reduzir preocupações sobre a situação da zona do euro

    Eduardo Gayer, , do Estadão Conteúdo

     O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, assegurou que a retirada de estímulos monetários e fiscais na zona do euro, concedidos extraordinariamente para combater a crise econômica trazida pela pandemia, será feita de forma “gradual e cautelosa”, sem comprometer o processo de recuperação da atividade.

    A declaração, feita nesta quarta-feira (23) em evento virtual da Universidade Internacional Menéndez Pelayo, vem em meio à discussão no mercado sobre quando o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) decidirá reduzir os estímulos por lá, de olho no avanço da inflação.

    Se o tema envolvendo a autoridade monetária americana “está quente”, Guindos tratou de reduzir preocupações sobre a situação da zona do euro. “A inflação que estamos vendo é de natureza temporária. Esperamos desaceleração importante no ano que vem”, disse o economista, após reforçar que a retirada de estímulos será gradual. “Ao mesmo tempo, não podemos manter essas medidas extraordinárias para além do tempo necessário”, ponderou.

    Nesta semana, a presidente do BCE, Christine Lagarde, também adotou uma postura “dovish” ao dizer que a instituição ainda tem espaço para cortar juros.

    Luis de Guindos também disse esperar um crescimento econômico forte no segundo semestre deste ano, embora de forma desigual entre os países do bloco. Ele destacou a Alemanha como exemplo de recuperação acelerada e Itália e Espanha como os países “mais golpeados” pela crise trazida pela pandemia.

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