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    Resultado do PIB é positivo, mas crescimento não é sustentável, diz economista

    À CNN Rádio, a professora do Insper Juliana Inhasz afirmou que desaceleração da economia “está em curso”

    Amanda Garciada CNN

    O crescimento de 2,9% em 2022 da economia brasileira, anunciado nesta quinta-feira (2), é “um sinal positivo”, mas apenas quando se olha o montante em si.

    Esta é a avaliação da professora de economia do Insper, Juliana Inhasz.

    Em entrevista à CNN Rádio, ela explicou que o PIB do Brasil não cresce desta forma, de maneira persistente, já há um tempo.

    “O resultado do 4º trimestre em relação ao 3º já mostra uma queda na economia.”

    O ritmo apresentado no ano de 2022, segundo a professora, faz sentido ainda como reflexo da “retomada do setor de serviços depois da pandemia”, o que era esperado.

    “Mas tivemos políticas de estímulo à economia no ano passado que não eram persistentes, de longo prazo”, completou.

    Como havia prazo de validade, “o último trimestre veio com redução dos estímulos, o que naturalmente desacelera.”

    Além disso, Inhasz destaca que a conjuntura macroeconômica do Brasil “não favorece o crescimento sustentável.”

    “Temos a incerteza da condução da economia e dúvidas com relação às políticas de fato que serão implementadas, se serão de aperto ou de estímulo.”

    De acordo com a economista, isso coloca a economia do Brasil “em status de espera”, enquanto não há essa clareza, com investidores aguardando definições.

    Ao mesmo tempo, o ambiente internacional “não nos é favorável”, no momento em que muitas economias do mundo dão sinais de desaceleração.

    “O Brasil, que é produtor de commodities, é um país que sofre bastante com incertezas que acontecem fora da nossa fronteira”.

    *Com produção de Isabel Campos

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