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    Renda do brasileiro recuou 10% ante o ano passado para R$ 1.065, diz pesquisa

    À CNN Rádio, Daniel Duque, do Ibre-FGV, citou o desemprego, a inflação e a pandemia como principais motivos

    Amanda Garcia, com produção de Larissa Coelho, da CNN Brasil

     

    A renda média domiciliar per capita foi de R$ 1.065 no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma queda de 10% em relação ao ano passado, de acordo com uma pesquisa do Ibre-FGV. 

    Em entrevista à CNN Rádio nesta sexta-feira (11), o pesquisador Daniel Duque, responsável pelo estudo, explicou os motivos para a redução: “Isso se deve tanto pela perda do emprego, quanto pela perda da renda média dos trabalhadores no período”.

    Da mesma forma, segundo ele, a inflação é uma questão que traz impacto nos números. “A inflação tem aumentado bastante, tem se tornado um problema, os rendimentos também não são reajustados nesse momento da pandemia, e isso ajuda a impactar negativamente a renda per capita.”

    Além disso, Duque disse que os números ainda são comparados com períodos do primeiro trimestre do ano passado, antes da pandemia, e que a situação deve se inverter nos próximos meses. 

    “A gente deve viver uma situação um pouco melhor, ainda que na média do ano de 2021, a queda ainda pode ser maior, já que a gente está comparando trimestres numa situação anterior a essa crise, que foi bastante dramática”, completou.  

    O pesquisador reforçou que, em termos reais, a retomada econômica já foi observada “a partir do quarto trimestre do ano passado”. “A gente começou a ver uma recuperação mais robusta que deve se intensificar ao final deste ano.” 

    Duque também chamou a atenção para o “desemprego escondido no Brasil”. “Apesar da melhora na geração de vagas, o desemprego tem aumentado por causa das pessoas que perderam ocupação e não voltaram a procurar.” 

    O especialista acredita que, conforme a vacinação contra a Covid-19 for mais abrangente, a normalização da economia deve acontecer. 

    No entanto, ele fez uma ressalva. “A pandemia, por quase um ano, colocou um contingente grande de pessoas em ‘modo de espera’, e, para elas, vai ficar mais difícil de serem potencialmente geradoras de renda no futuro. Há necessidade de uma política pública que precisa olhar mais atentamente ao mercado do trabalho mesmo quando voltar à normalidade.”

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