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    Relatório do governo estima aumento do déficit primário para R$ 145,4 bi em 2023

    No relatório bimestral de maio, a estimativa de rombo total era de R$ 136,2 bilhões

    Eduardo Rodrigues, Amanda Pupo e Fernanda Trisotto, do Estadão Conteúdo

    Os ministérios da Fazenda e do Planejamento anunciaram nesta sexta-feira (21) o bloqueio adicional de R$ 1,5 bilhão em despesas discricionárias no orçamento deste ano. Com isso, o contingenciamento de despesas em 2023 chegou a R$ 3,2 bilhões para o cumprimento do teto de gastos.

    O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 3º bimestre também alterou a estimativa de déficit primário total de 2023 para R$ 145,4 bilhões.

    No relatório bimestral de maio, a estimativa de rombo total era de R$ 136,2 bilhões.

    A meta de resultado primário do Governo Central deste ano é de saldo negativo de até R$ 238,2 bilhões, mas a Fazenda busca um rombo bem menor, de 1,0% do PIB, ou menos.

    A projeção da equipe econômica para as receitas primárias totais da União neste ano passou de R$ 2,367 trilhões para R$ 2,366 trilhões.

    Já a estimativa para a receita líquida – livre de transferências para os governos regionais – passou de R$ 1,911 trilhão para R$ 1,909 trilhão neste ano.

    Do lado das despesas primárias, a previsão de gasto total em 2023 passou de R$ 2,047 trilhões para R$ 2,054 trilhão.

    Com as revisões deste relatório, o volume de gastos obrigatórios passou de R$ 1,853 trilhão para R$ 1,860 trilhão, enquanto as despesas discricionárias foram mantidas em R$ 193,9 bilhões neste ano.

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