Autonomia do BC deve ser votada na terça, dizem relator e presidente da Câmara
Costa Filho disse ainda que vai se reunir com Campos Neto, Guedes e Arthur Lira nesta segunda-feira (8) para a alinhar o assunto
Com o novo mandato legislativo, as lideranças do Congresso se movimentam para iniciar o processo de aprovação de pautas consideradas essenciais. Uma delas é o projeto de autonomia do Banco Central (BC), pauta agora sob relatoria do deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), que disse ter esperança de começar a votar a matéria nesta terça-feira (9).
“Temos dialogado com canais institucionais de participação popular e fizemos reunião com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o ministro da Economia, Paulo Guedes. Apresentei nosso relatório para eles e ambos concordam e defendem integralmente o texto. Vamos tentar votar essa matéria amanhã”, disse o deputado, em entrevista à CNN.
Costa Filho disse, ainda, que vai se reunir com Campos Neto, Guedes e Arthur Lira, presidente da Câmara, nesta segunda-feira (8) para alinhar o assunto. Ele disse que amanhã terá um almoço na Residência Oficial da Câmara com os parlamentares para fechar a votação do texto. Segundo ele, a urgência do projeto será votada na sessão marcada para as 15h e haverá uma outra sessão à noite para aprovar o projeto.
O novo presidente da Câmara dos Deputados se manifestou no Twitter sobre o tema e sobre a reunião que terá com Guedes.
“Com a sinalização positiva da maioria dos líderes, gostaria de compartilhar uma grande notícia sobre nosso país: vamos colocar em votação amanhã o projeto sobre a autonomia do Banco Central. Uma grande sinalização de destravamento da pauta do Congresso. Um grande sinal de previsibilidade para o futuro da economia brasileira. Um grande sinal de credibilidade para o Brasil perante o mundo”, disse Lira via redes sociais.
A agilidade em avançar com a autonomia do BC faz parte da estratégia da nova liderança do Congresso em marcar o primeiro semestre de 2021 com a agenda de reformas. A autonomia do BC é entendida pelo governo como uma blindagem da instituição a interferências políticas.
(Publicado por Maria Carolina Abe)