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    Recuo do desemprego no 2° trimestre pode ajudar no crescimento do PIB, diz economista

    Professor da USP Hélio Zylberstajn afirmou à CNN que massa de rendimento dos novos empregos pode "virar consumo"

    Ingrid Oliveirada CNN

    O professor da USP Hélio Zylberstajn, economista e presidente do Instituto Brasileiro das Relações de Emprego e Trabalho (IBRET), afirmou em entrevista à CNN neste sábado (30) que o recuo do desemprego no país no segundo trimestre pode ajudar no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

    Segundo o economista, isso acontece porque grande parte da massa de rendimento desses novos empregos deve virar consumo. “Se você pensar que dois terços do PIB brasileiro são construídos por meio do consumo e a massa da rendimento do trabalho vira consumo, isso [a queda no desemprego] significa que ajudou no crescimento do PIB nesse trimestre”, disse Zylberstajn.

    Na sexta-feira (29), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 9,3% no trimestre encerrado em junho, queda de 1,8 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior.

    Os dados mostram que são 3 milhões de pessoas a mais no mercado de trabalho, sendo 1,1 milhão na informalidade. Na comparação com o mesmo período de 2021, a alta é de 8,9 milhões de trabalhadores.

    O número de trabalhadores informais, estimado em 39,3 milhões, também foi o maior da série histórica do indicador, iniciada em 2016. Fazem parte dessa população os trabalhadores sem carteira assinada, empregadores e conta própria sem CNPJ, além de trabalhadores familiares auxiliares.

    Zylberstajn disse que até pouco tempo, “qualquer crescimento no número de trabalhadores ocupados era de trabalho informal”. “Agora está indo para formal e informal. Se isso se mantiver, pode virar uma inversão: teremos mais gente no formal do que no informal”, explicou o economista.

    Assista à entrevista completa acima.

     

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