Receita com exportação de carne bovina em outubro sobe 126%, diz associação
Volume foi 116% maior em comparação com igual mês do ano passado, totalizando 234 mil toneladas, de acordo com Abrafrigo
A receita cambial com as exportações brasileiras de carne bovina in natura e processada avançou 126% em outubro ante igual mês de 2021, para US$ 1,225 bilhão. O volume foi 116% maior em comparação com igual mês do ano passado, totalizando 234 mil toneladas, informou a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
No mês passado, 112 países aumentaram suas compras do produto brasileiro, enquanto outros 52 reduziram suas importações. “O crescimento das vendas reflete parcialmente o aumento dos preços médios em 2022, que foi de US$ 5.727,63/t (+15,2%). Vale ressaltar, contudo, que os preços médios de exportação iniciaram tendência de queda a partir de junho/2022, quando alcançaram US$ 6.490,28/t, acumulando queda de 19,4% em 4 meses”, destaca a entidade.
No caso da China, que é líder nas compras, os preços médios de exportação passaram de US$ 7.311/t em junho de 2022 para US$ 6.100 em outubro de 2022 (-16,6%). Até outubro, o gigante asiático foi responsável por uma receita de importações de US$ 6,981 bilhões, ante US$ 3,875 bilhões no mesmo período em 2021. A movimentação foi de 1.054.281 toneladas de carne bovina no período. No ano passado, o país representava 48,4% das vendas de carne bovina brasileira ao exterior e, neste ano, já representa 61,4%. “Isso sem contar mais 82.350 toneladas de Hong Kong que proporcionaram mais US$ 290,3 milhões de receitas”, aponta a Abrafrigo.
De janeiro a outubro, o Brasil já movimentou 1,985 milhão de toneladas ante 1,61 milhão de toneladas no mesmo período do ano passado. A entrada de divisas correspondente foi de US$ 8,009 bilhões em 2021 para US$ 11,37 bilhões em 2022, crescimento de 42%.
No acumulado do ano, os Estados Unidos continuam ocupando a segunda posição, com 158.475 toneladas ante 95.758 toneladas no ano passado, com receita subindo 19,9%, para US$ 819,4 milhões. Em terceiro lugar está o Egito, que importou 90.329 toneladas em 2022 ante 51.145 toneladas no ano passado. Na receita, essa participação subiu 70,7% para US$ 344,2 milhões. O Chile ocupa a quarta posição com 63.391 toneladas adquiridas em 2022, ante 88.062 toneladas em 2021. Na receita, essa participação caiu 28% para US$322,3 milhões neste ano. Na quinta posição está Hong Kong, com uma receita de US$ 290,3 milhões (-61,3%) e queda nas importações de 194.838 toneladas para 82.350 toneladas. Filipinas proporcionaram uma receita de US$ 246,1 milhões (+49,5%) e aumentaram suas importações de 39.336 toneladas para 54.744 toneladas, ficando na sexta posição.