Reajuste do ICMS vai encarecer medicamentos no Brasil, afirma Abrafarma
Associação critica argumento dos estados e diz que decisão não leva consumidor em consideração
O reajuste do ICMS em 10 estados e no Distrito Federal deve encarecer os medicamentos no Brasil, afirma a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).
Segundo a associação, as variações de 1% a 2% no imposto certamente devem repassar os preços ao consumidor.
As Unidades da Federação que vão realizar o reajuste argumentam que a medida é necessária para compensar perdas de arrecadação. Do ponto de vista da Abrafarma, o argumento é raso e não leva em consideração o impacto ao consumidor.
“Enquanto o Brasil experimenta um viés de redução da inflação e dos juros, aliado à aprovação da reforma tributária, esses governos caminham na contramão e demonstram insensibilidade com a população mais pobre”, critica Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.
De acordo com a associação, a carga tributária sobre medicamentos no país já é seis vezes mais alta que no restante do mundo.
Confira os estados com elevação de ICMS
- Bahia: 19% para 20,5% – em Fev/24
- Ceará: 18% para 20% – em Jan/24
- Distrito Federal: 18% para 20% – em Jan/24
- Goiás: 17% para 19% – em Abr/24
- Maranhão: 20% para 22% – em Fev/24
- Paraíba: 18% para 20% – em Jan/24
- Paraná: 19% para 19,5% – em Mar/24
- Pernambuco: 18% para 20,5% – em Jan/24
- Rio de Janeiro: 20% para 22% – em Mar/24
- Rondônia: 17,5% para 19,5% – em Jan/24
- Tocantins: 18% para 20% – em Jan/24
Como noticiou a CNN, São Paulo e Rio Grande do Sul chegaram a sinalizar aumentar o ICMS para 2024, mas recuaram da decisão.
*Sob supervisão de Lígia Tuon