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    “Reação que espero é ainda mais parceria”, diz Haddad sobre resposta dos EUA a viagem à China

    Agenda do presidente Lula na China tem gerado incômodo junto a diplomatas americanos, segundo relatos feitos à CNN

    Danilo Moliternoda CNN , São Paulo

    Questionado sobre suas expectativas para uma possível resposta dos Estados Unidos à viagem do governo brasileiro à China, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que espera como “reação” ainda mais parcerias com os americanos. O petista concedeu entrevista a jornalistas nesta sexta-feira (14).

    “A reação que eu espero é mais parceria com os Estados Unidos. Essa é a reação que nós esperamos. Temos que vencer a etapa de isolamento do país. O Brasil não pode ficar isolado de ninguém”, disse.

    Além de negar a dualidade entre China e Estados Unidos para o estabelecimento de relações diplomáticas, Haddad reiterou que o governo atual planeja se aproximar de ambos os países.

    “Não temos nenhuma intenção de nos afastar de ninguém, sobretudo de um parceiro da qualidade dos Estados Unidos. Estamos fazendo um esforço de aproximação, queremos investimento dos Estados Unidos no Brasil. Queremos relações com esses três grandes blocos, Estados Unidos, China e União Europeia”, afirmou

    A agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na China tem gerado incômodo junto a diplomatas americanos, segundo relatos feitos à CNN.

    Transações sem dólar

    Durante a entrevista, o ministro voltou também a comentar a possibilidade de realizar transações comerciais de câmbio direto entre o real brasileiro e renminbi (RMB) — nome oficial da moeda chinesa, mais conhecida no mundo ocidental como yuan.

    Segundo Haddad, negociações com outros países sem moedas intermediárias é um tema que “está sobre a mesa” há anos e que foi restabelecido por Lula.

    “A ideia de fazer o intercâmbio comercial em moedas próprias é uma coisa que está há muito tempo na mesa de negociação entre os Brics e no âmbito do Mercosul. E Lula restabeleceu essa agenda, pedindo para as áreas econômicas dos países se debruçarem sobre esse tema”, disse.

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