Quem é Magda Chambriard, indicada para substituir Prates na presidência da Petrobras
Nome da ex-diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP) foi confirmado em comunicado a investidores da estatal
A engenheira e ex-diretora geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) Magda Chambriard foi indicada pelo Ministério de Minas e Energia para presidência da Petrobras após a demissão de Jean Paul Prates. A confirmação foi feita na noite desta terça-feira (14) em comunicado aos investidores da estatal.
O ex-senador estava no comando da estatal desde o início do terceiro mandato de Lula, em janeiro de 2023. Um comunicado ao mercado foi divulgado informando sobre o “encerramento antecipado de seu mandato como Presidente da Petrobras”.
Prates teve uma gestão marcada por polêmicas envolvendo o pagamento de dividendos extras aos acionistas.
Hoje diretora da assessoria fiscal da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e sócia da Chambriard Engenharia e Energia, Magda Chambriard se formou em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1979.
É mestre em Engenharia Química pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa (Coppe) e foi aluna do setor de ensino do Rio da Petrobras em 1980, ano em que entrou pela primeira vez na estatal.
Chambriard trabalhou pouco mais 22 anos na Petrobras. Foi diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) entre 2012 e 2016, durante os governos dos ex-presidentes Dilma Roussef e Michel Temer.
O órgão regulador da Petrobras monitora a cadeia das indústrias de biocombustíveis, gás natural e petróleo no Brasil. Antes de chegar à direção, foi assessora, superintendente.
Foi membro do Conselho de Administração do Pré-Sal entre 2013 e 2016, além de membro do conselho de administração da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) durante 2010 e 2016. Ela também participou como consultora em energia da Fundação Getúlio Vargas por pouco mais de cinco anos, entre 2017 e 2023.
Como diretora geral da ANP, Magda esteve à frente da abertura de leilões para licitação de exploração de petróleo e gás natural, como em 2015, quando o Estado ofertou. Na época, afirmou que os investimentos poderiam favorecer a redução das desigualdades regionais no país.
Foram oferecidos mais de 200 blocos para exploração em 12 estados brasileiros na 13ª rodada de licitações — para Magda, a expansão permitiria que os investimentos fossem descentralizados.
“O que nós construímos até aqui marca nosso país como um dos ambientes regulatórios mais confiáveis e estáveis do setor petróleo, o que para nós é um bom indicativo aos investidores que acreditarem no nosso país”, declarou na época.
Uma das principais pautas durante sua gestão na ANP foi a nova distribuição dos royalties do petróleo. A divisão reduziu parte do volume da União de 50% para 40%.
Em 2016, reuniões do então ministro de Minas e Energia Eduardo Braga com a ex-diretora tinham como objetivo “discutir ações regulatórias que podem impactar na desoneração do custo de produção e na atratividade do investimento” no setor de petróleo e gás.
Sob supervisão de Guilherme Niero