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    Quem é e o que pensa José Mauro Coelho, indicado para presidir a Petrobras

    Aval dos acionistas abre caminho para que o executivo seja presidente da empresa, o que ainda deve ser decidido em uma nova reunião

    Do CNN Brasil Business

    Indicado pelo governo federal para presidir a Petrobras no lugar de Joaquim Silva e Luna, José Mauro Ferreira Coelho teve seu nome aprovado nesta quarta-feira (13) em assembleia-geral para integrar o conselho de administração da estatal.

    O aval dos acionistas abre caminho para que o executivo seja presidente da empresa, o que ainda deve ser decidido em uma nova reunião. Isso porque, para chefiar a petroleira, é preciso ser membro do conselho.

    A escolha do governo veio depois que o empresário Adriano Pires desistiu da indicação para assumir o comando da petroleira.

    Coelho é ex-secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), cargo que ocupou de abril de 2020 a outubro de 2021.

    Seu pedido de demissão veio no mesmo dia de uma série de baixas sofridas pelo Ministério da Economia, enquanto o governo discutia eventual manobra no teto de gastos. Na ocasião, também saíram os secretários do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt.

    Antes de ser secretário do MME, Coelho foi por quatro anos diretor de petróleo, gás e biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal que presta serviços ao Ministério na área de estudos e pesquisas para ajudar no planejamento do setor energético.

    Coelho tem 25 anos de experiência nos setores de petróleo, gás natural e biocombustíveis, como descreve em seu currículo Lattes, dos quais 14 passou no serviço público. Também atuou na área acadêmica como professor de graduação e pós-graduação e escritor. Tem graduação em Química Industrial.

    O que pensa

    Em 2021, em uma entrevista ao canal público TV Brasil, em outubro de 2021, Coelho defendeu a paridade internacional de preços para os combustíveis no país.

    “Nós temos que ter os preços no mercado doméstico relacionados aos preços de paridade de importação. Porque se assim não fosse, nós não teríamos nenhum agente econômico com aptidão ou com vontade de trazer derivados para o mercado doméstico. E isso poderia levar ao desabastecimento para o país.”

    Ainda como secretário, Coelho já defendeu publicamente desinvestimentos na área de refino da Petrobras para que a companhia possa focar em exploração. Segundo ele, a estatal deve atuar nos setores nos quais é a única a deter conhecimento, como é o caso da exploração de petróleo e gás em áreas profundas.

    Em outros setores, como o de refino, Coelho defende que deve-se estimular a entrada de outros agentes, visando estimular a competitividade e melhores preços aos consumidores.

    *Publicado por Ligia Tuon

     

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