Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Quase metade dos profissionais nunca trabalhou com pessoas neurodivergentes, diz pesquisa

    Dia 2 de abril foi estabelecido desde 2007 pela ONU como o Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo

    Maioria dos entrevistados apontou que a neurodiversidade traz benefícios para o ambiente de trabalho
    Maioria dos entrevistados apontou que a neurodiversidade traz benefícios para o ambiente de trabalho Getty Images

    Daniela Mallmannda CNN

    São Paulo

    A pesquisa “Neurodiversidade no Mercado de Trabalho” mostra que, no ambiente de trabalho, quase a metade dos entrevistados nunca trabalhou diretamente com pessoas neurodivergentes, 21,4% tiveram experiências desafiadoras e apenas 30% considerou ter experiências positivas.

    O estudo também aponta que 75% dos brasileiros estão familiarizados com o termo “neurodiversidade”, o que inclui Transtorno de Espectro do Autismo (TEA) e outras condições, sendo 48,6% com conhecimento limitado. Outros 25% nunca haviam tido contato com a expressão.

    Além disso, 86,4% dos entrevistados dizem que nunca participaram de treinamentos ou programas relacionados ao tema no ambiente corporativo.

    O levantamento, que ouviu 12 mil profissionais e estudantes, foi realizado pela empresa Consultoria Maya, em parceria com a Universidade Corporativa Korú, e apoio da startup Tismoo܂me e do Órbi Conecta.

    “Pessoas neurodivergentes podem ter Transtorno de Espectro do Autismo (TEA), Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Dislexia, Síndrome de Tourette, entre outras condições, e nenhuma delas as impede de exercer atividades profissionais. Precisamos desmistificar esses termos e normalizar a presença de pessoas atípicas no ambiente de trabalho”, comenta Francisco Paiva Jr., cofundador e CEO da Tismoo܂me.

    O dia 2 de abril foi estabelecido desde 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo.

    A data tem o intuito de difundir informações para a população e reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas afetadas pelo Transtorno do Espectro Autista (TEA).

    Desafios para a inclusão

    Vale destacar ainda que 40% dos entrevistados acreditam que a criação de programas de sensibilização e treinamentos para colaboradores seria a melhor estratégia para promover a inclusão de pessoas neurodivergentes no local de trabalho.

    Outras soluções seriam:

    • Oferecer ajustes razoáveis como ambientes de trabalho flexíveis e tecnologias assistivas (29,3%);
    • Estabelecer programas de mentoria ou apoio para colaboradores neurodivergentes (16,4%);
    • Criação de um comitê de neurodiversidade (7,1%).

    A maioria dos entrevistados apontou que a neurodiversidade traz benefícios para o ambiente de trabalho, como promover um espaço com mais criatividade e inovação, fortalecer a cultura de equipe, fomentar um ambiente de aprendizado, aumentar a satisfação e o engajamento dos colaboradores.

    O levantamento também identificou que a falta de compreensão de colegas e da liderança foi apontada como um dos principais desafios enfrentados por neurotípicos no ambiente de trabalho (62,9%).

    Do total, 55% acreditam que é possível combater os estigmas e preconceitos por meio de programas de conscientização e educação e outros 42,9% por meio de política de inclusão e suporte.