Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Leilão de energia teve muitos interessados e envia sinal positivo para os próximos, diz especialista

    Para Luiz Fernando Figueiredo, comentarista de Economia da CNN, Brasil precisa continuar ampliando investimentos em linhas de transmissão; sete companhias venceram a concessão dos empreendimentos promovida pela Aneel

    Douglas Portoda CNN* , em São Paulo

    Luiz Fernando Figueiredo, comentarista de Economia da CNN, declarou, nesta segunda-feira (3), que o leilão de transmissão de energia promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), na última sexta-feira (30), foi positivo e teve muitos interessados. Isso dá um sinal de que as próximas concessões, que ocorrerão em dezembro deste ano e março de 2024, também devem ser boas.

    “Na verdade, isso é a continuação do que vinha acontecendo. Para ter um leilão de concessão, é um trabalho que demora, às vezes, mais do que dois anos para acontecer. Simplesmente, como esse governo não se mostrou negativo a concessões, só a privatizações, segue o curso dos processos de concessões. Foi muito bom. O deságio foi bem razoável”, disse Figueiredo.

    “Ou seja, vai ter um bom investimento. E como teve um conjunto grande, primeiro, de gente interessada e, depois, de ganhadores, isso nos dá um ‘cheiro’ que o próximo leilão, que acontecerá em dezembro, e o outro, que acontecerá em março, vão vir com uma cara boa também. E é muito importante porque não é só a concessão, é o que vem a partir da concessão. E, nesse caso, transmissão é uma coisa que o Brasil precisa ampliar seu investimento. Então, é ótimo isso estar acontecendo”, prosseguiu.

    O leilão aconteceu na sede da B3, em São Paulo, e trata-se de um dos maiores já realizados pela agência. Foram quase cinco horas para que os martelos dos nove lotes oferecidos fossem batidos. Os investimentos contratados serão de R$ 15,3 bilhões.

    São lotes para a construção, operação e manutenção de linhas de transmissão (veja abaixo a lista das empresas vencedoras).

    Mais de 6.000 quilômetros de linhas de transmissão e de 400 mega-volt-ampéres (MVA) em capacidade de transformação de subestações entraram no certame.

    Os 33 empreendimentos, com prazo de conclusão de 36 a 66 meses, contemplarão os estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e Sergipe. As concessões são por 30 anos, contados a partir da celebração dos contratos.

    A agência espera promover a geração de 29,3 mil empregos diretos e outros 60 mil empregos diretos e indiretos.

    O leilão foi organizado nos seguintes lotes:

    • Lote 1, composto por 9 instalações em Minas Gerais e Bahia: o Consórcio Gênesis, formado por The Best Car e Entec, ganhou a disputa com deságio de 66,18% sobre RAP máxima;
    • Lote 2, composto por 3 instalações em Minas Gerais e Bahia: com deságio de 51% sobre a Receita Anual Permitida (RAP) máxima, a Rialma venceu a disputa por esse lote;
    • Lote 3, composto por 1 instalação em Minas Gerais: ficou para a empresa Cymi com a proposta vencedora de R$ 70,886 milhões e deságio de 52,13%;
    • Lote 4, composto por 1 instalação em Minas Gerais: Furnas Centrais Elétricas, da Eletrobras, venceu a disputa pelo Lote 4 por uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 68,7 milhões, com um deságio de 45,75%;
    • Lote 5, composto por 4 instalações em Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo;
    • Lote 6, composto por 1 instalação em Bahia e Sergipe: empresa Celeo Redes Brasil ganhou o Lote 6 do leilão;
    • Lote 7, composto por 3 instalações em Minas Gerais e Rio de Janeiro: a Isa Cteep ganhou o Lote 7 do leilão de transmissão de energia da Aneel;
    • Lote 8, composto por 1 instalação em Pernambuco: o Consórcio Gênesis arrematou por R$ 19,5 milhões de Receita Anual Permitida (RAP), deságio de 55,35% sobre RAP máxima de R$ 43,7 milhões;
    • Lote 9, composto por 1 instalação em Minas Gerais: a transmissora colombiana Isa Cteep foi a vencedora do leilão do lote 9 oferecendo uma receita anual permitida (RAP) R$ R$ 7,46 milhões, deságio de 50,36% sobre RAP máxima de R$ 15 milhões.

    *Com informações de Anne Barbosa

    Tópicos