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    Produção industrial varia 0,3% em outubro após dois meses de queda, diz IBGE

    Mercado esperava que o setor ficasse estável no mês e que apresentasse alta de 1,6% na comparação anual

    Do CNN Brasil Business

    produção industrial registrou variação de 0,3% na passagem de setembro para outubro, disse o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (1º). Trata-se da primeira variação positiva após dois meses de queda, período no qual acumulou uma perda de 1,3%.

    Em relação a outubro de 2021, a indústria registrou um avanço de 1,7%.

    O mercado esperava que o setor ficasse estável no mês e que apresentasse alta de 1,6% na comparação anual.

    Com o resultado de outubro, o setor fica 2,1% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,4% abaixo do nível recorde alcançado pelo setor em maio de 2011.

    O IBGE ressalta que, embora a produção industrial tenha mostrado alguma melhora no início do ano, uma vez que marcou resultados positivos por quatro meses em sequência, nos últimos meses o setor apresenta um comportamento de predominância negativa.

    “Nos últimos cinco meses, em três oportunidades, observa-se queda na produção e com a característica de um número maior de atividades industriais no campo negativo, permanecendo longe de recuperar as perdas de um passado recente”, analisa o gerente da pesquisa, André Macedo.

    Sete dos 26 ramos industriais pesquisados tiveram crescimento.

    Produtos alimentícios (4,8%) e metalurgia (4,6%) foram as atividades com maior influência positiva, com a primeira eliminando parte da perda de 7,1% acumulada nos meses de setembro e agosto. Já a segunda voltou a crescer após recuar 7,6% no mês anterior.

    Do lado das quedas, ficam veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,7%), máquinas e equipamentos (-9,1%) e bebidas (-9,3%), com a primeira marcando o segundo mês seguido de redução na produção e acumulando perda de 6,8% nesse período.

    Sobre máquinas e equipamentos, o setor eliminou parte do avanço de 16,9% acumulado nos meses de setembro e agosto. Já bebidas intensificou o recuo verificado no mês anterior (-5,7%).

    Também recuaram couro, artigos para viagem e calçados (-13,2%), outros produtos químicos (-3,0%), produtos diversos (-12,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-7,1%), produtos de madeira (-8,8%), produtos de borracha e de material plástico (-2,6%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,5%).

    Publicado por Ligia Tuon

     

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