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    Produção de petróleo do Brasil volta a ficar acima de 3 milhões bpd, mostra ANP

    Produtores e distribuidores terão que informar estoques diariamente à agência

    da Reuters

    A produção de petróleo do Brasil iniciou o ano em alta, somando 3,03 milhões de barris por dia em janeiro em média, um avanço de 5,5% ante o mesmo mês do ano passado, com aumento nos campos do pré-sal e do pós-sal, apontaram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

    Na comparação com dezembro, houve um aumento de 6,8% na produção de petróleo brasileira.

    É a primeira vez que o bombeamento brasileiro ultrapassa a casa dos 3 milhões de bpd desde setembro de 2021.

    A produção média de gás natural do país, por sua vez, foi de 136,97 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) em janeiro, alta de 0,4% ante o mesmo período de 2021 e avanço de 3,6% versus dezembro.

    Somando petróleo e gás natural, a produção média total do país em janeiro somou 3,89 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), contra 3,73 milhões boed em janeiro do ano passado e 3,67 milhões de boed em dezembro.

    A produção do pré-sal em janeiro somou 2,91 milhões de boed, ante 2,7 milhões de boed em dezembro e 2,63 milhões de boed em janeiro de 2021.

    Já a produção marítima do pós-sal avançou para 790 mil boed, contra 746,1 mil boed em dezembro e 849,55 mil boed em janeiro do ano passado.

    A Petrobras, principal produtora do país, produziu em janeiro como concessionária 2,2 milhões de bpd, alta de 2,8% ante um ano antes.

    Já a anglo-holandesa Shell, segunda maior produtora do país e uma das mais importantes parceiras da Petrobras no pré-sal, produziu em janeiro 355.768 bpd, alta de 3,6% na comparação com janeiro de 2021.

    Produtores e distribuidores terão que informar estoques diariamente à agência

    Produtores, armazenadores e distribuidores de combustíveis terão que enviar diariamente à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informações sobre estoques de combustíveis no País, segundo a resolução aprovada nesta quinta-feira (17) pela diretoria da agência.

    O novo regulamento, que ainda precisa ser publicado no Diário Oficial da União (DOU), trará as regras, obrigações e prazos para os envios diários dos dados de estoques à ANP.

    A medida visa dar segurança ao abastecimento de combustíveis no País, depois que o monopólio da Petrobras foi quebrado de fato após um acordo feito com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que determinou a venda de parte do seu parque de refino.

    Até o momento, apenas uma unidade passou ao controle da iniciativa privada, com a venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, para o fundo de investimentos árabe Mubadala.

    “A iniciativa tem por objetivo permitir que a ANP monitore mais de perto o abastecimento de combustíveis, por meio do acompanhamento diário dos estoques e de informações relacionadas à oferta, demanda e fluxos logísticos, utilizando ferramenta de business intelligence como solução tecnológica de análise de dados”, diz a ANP em nota.

    Dessa forma, a ANP poderá identificar determinadas situações de risco de desabastecimento com antecedência, possibilitando que sejam adotadas medidas voltadas para a garantia do suprimento de combustíveis à população.

    Os agentes regulados responsáveis pelo envio dos dados diários serão os relacionados às atividades de produção, armazenamento e distribuição de combustíveis, que enviarão informações sobre os estoques de gasolina A, gasolina C (com adição de etanol anidro, vendida nos postos), GLP (gás de cozinha), óleo diesel A, óleo diesel B (com adição de biodiesel, vendido nos postos), óleo diesel marítimo, etanol hidratado (vendido nos postos), etanol anidro, biodiesel, óleo combustível, querosene de aviação (QAV) e gasolina de aviação (GAV).

    A proposta da ANP tem como base a Lei nº 9.478/97 (Lei do Petróleo) que estabelece, como uma das atribuições da agência, a garantia do suprimento de petróleo, gás natural e seus derivados, e de biocombustíveis, em todo o território nacional.

    Como antes somente a Petrobras produzia derivados no País, a própria estatal era responsável por manter e controlar o abastecimento.

    Atualmente, a ANP recebe os dados relativos ao abastecimento de combustíveis com periodicidade mensal e defasagem de até 15 dias em relação ao fechamento do mês de referência.

    *Com Estadão Conteúdo.

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