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    Privatizações vão continuar acontecendo independentemente dos governos, diz ex-secretário à CNN

    Para o ex-secretário, a operação mais aguardada do momento é a da Sabesp

    Da CNN*

    O ex-secretário de Desenvolvimento da Infraestrutura do Ministério da Economia Diogo Mac Cord diz acreditar que os processos de privatização vão continuar acontecendo no Brasil independentemente da gestão governamental.

    “É algo que faz parte da realidade do Brasil desde os anos 90”, afirmou em entrevista à CNN nesta terça-feira (30), durante evento do banco UBS BB.

    “Esse ano, esperamos um movimento positivo de concessões rodoviárias, no setor elétrico e de linhas de transmissão”, disse ele, que hoje é e sócio da EY.

    “Estamos vendo um movimento de concessões, mas operações de privatizações, como vimos com a Eletrobras, acho que tá meio seco. O que é uma pena”, relata.

    Para o ex-secretário, a operação mais aguardada do momento é a da Sabesp.

    “(Pensando nos estados), acredito que existe um território favorável na privatização dos setores de saneamento básico e de gás”.

    “Única salvação do Brasil”

    “Acho que é uma baita oportunidade para os estados avançarem. Aumenta a produtividade, aumenta arrecadação, aumenta os empregos… é um ganho gigantesco”, defende.

    Mac Cord relembra seu trabalho com a governança das estatais enquanto estava no governo e afirma que é necessário elevar o padrão de governança e de indicação de pessoas para os cargos do conselho e do executivo.

    Além disso, o ex-secretário reforça a privatização como uma oportunidade de investimento.

    “Temos, em um primeiro momento, a redução de quadro, mas depois a rampa é incrível. Hoje, muitas empresas têm muito mais profissionais do que tinha quando eram estatais. Se investe muito mais e se investe melhor”, explica.

    Para Mac Cord, privatização é sinônimo de aumento de produtividade, que é “fazer mais com menos”.

    “Todas as empresas que foram privatizadas tiveram aumento de produtividade. É a única salvação do Brasil”, defende.

    “A empresa estatal é sujeita a interferência política e vai defender os interesses de acordo com quem estiver no poder. Enquanto a empresa privada leva em conta os interesses dos acionistas”, afirmou.

    O comentário do secretário vem em meio a tentativas do governo Lula de interferir na indicação da liderança da Vale.

    *Texto de Duda Cambraia

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