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    Privatização da Sabesp avança, e SP flerta com modelo de “golden share” e acionistas de referência

    Governo Tarcísio de Freitas teria preferência por formato que mantenha poder de veto e acionistas de referência após venda da empresa, segundo fontes ouvidas pela CNN

    Caio Junqueirada CNN , São Paulo

    Uma reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos do Governo de São Paulo, prevista para ocorrer na próxima segunda-feira (31), deve decidir se o processo de privatização da Sabesp terá seguimento e, em caso positivo, seu formato.

    Um estudo preliminar do International Finance Corporation (IFC) — instituição do Banco Mundial contratada pelo governo paulista — foi apresentado nesta semana e atestou a viabilidade da venda da estatal de água e esgoto, com redução de tarifa, antecipação de investimentos e possibilidade de universalização dos serviços até 2029 — quatro anos antes do prazo máximo definido pelo marco legal do saneamento básico.

    O estudo também analisou quatro modelos possíveis de privatização. Um deles é o “follow on com acionista de referência”.

    Por esse formato, há uma oferta pública primária e secundária de ações por parte do governo de São Paulo, que é o acionista majoritário da Sabesp.

    Ele é parecido com o da privatização da Eletrobras, mas a diferença é que a Sabesp teria acionistas de referência que manteriam uma participação entre 15% e 20%.

    O governo de São Paulo manteria uma posição relevante na Sabesp — algo entre 20% e 35% — e teria uma “golden share”, com poder de veto para decisões de caráter estratégico.

    A ideia predominante no governo Tarcísio de Freitas é que ninguém tenha controle formal da Sabesp, mas que haja um “bloco de controle” com três acionistas que tenham algo entre 15% e 20% das ações que poderiam informalmente controlar a empresa.

    Por essa razão que o governo paulista avalia manter um poder de veto após a venda. A tendência é de que o conselho do PPI aprove este modelo na reunião de segunda-feira, segundo fontes envolvidas no assunto contatadas pela CNN.

    O outro modelo seria um “follow on convencional”, como foi feito na venda da Eletrobras. Nesse caso, a participação dos acionistas é restringido a 10%, transformando a empresa numa “corporation”.

    O terceiro modelo é a venda direta parcial das ações do estado e o quarto, a venda integral das ações do estado. Esses dois últimos modelos não apresentaram muitos benefícios e devem ser descartados.

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