Previdência privada tem captação líquida positiva de R$ 6,5 bilhões em agosto
Montante é 21% maior do que o total do mesmo mês de 2019. No acumulado do ano, porém, há queda de 22,7% para R$ 22,4 bilhões
A previdência privada aberta no Brasil teve captação líquida de R$ 6,5 bilhões em agosto, montante 21% maior que um ano antes e o quarto mês de alta nas contribuições, segundo dados divulgados pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi).
Em julho, os depósitos haviam superado os resgates em R$ 6,8 bilhões, após saldos também positivos de R$ 5,4 bilhões e de R$ 1,6 bilhão em junho e maio, respectivamente.
No fim de agosto, as reservas totais do setor somavam R$ 979,4 bilhões, 8,2% a mais em 12 meses.
Leia também:
Previdência ‘pop’: para vencer crise, corretoras tentam democratizar modalidade
Patrimônio de fundos de ações encolhe enquanto fundos de renda fixa crescem
“Notamos uma retomada gradual nos últimos quatro meses, tanto em novos depósitos como na captação líquida”, disse o presidente da FenaPrevi, Jorge Nasser, em nota, referindo-se à retomada após o período mais difícil, entre março e abril, na esteira da turbulência nos mercados provocada pela pandemia da Covid-19.
Em novos depósitos, o setor atingiu o piso em abril, com R$ 4,9 bilhões, subindo para R$ 7 bilhões em maio, R$ 10,7 bilhões de junho, R$ 13,1 bilhões em junho e R$ 12,6 bilhões em agosto.
No acumulado do ano até agosto, as novas contribuições somaram R$ 77,5 bilhões, 2,7% menos do que um ano antes, por conta das quedas registradas em abril e maio.
Os resgates no acumulado do ano cresceram 10,7% e somaram R$ 52,7 bilhões. A captação líquida, por sua vez, seguiu no campo positivo com saldo de R$ 22,4 bilhões, embora tenha sido 22,7% menor ano a ano.
Segundo a Fenaprevi, o patamar baixo dos juros incentivou a migração de recursos dos planos de previdência para fundos de renda variável, com cotistas procurando maior rentabilidade. Os fundos multimercado, por exemplo, em agosto responderam por 15% das aplicações, percentual que era inferior a 6% há quatro anos.
Clique aqui para acessar a página do CNN Business no Facebook