Prévia do PIB, IBC-Br sobe 4,89% em junho, mas indica tombo de 10,94% no 2º tri
Divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (14), o resultado sinaliza a retomada da economia após forte impacto da crise causada pela pandemia
Após demonstrar recuperação em maio, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) acelerou, registrando uma alta de 4,89% em junho, mês marcado pela reabertura da economia em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. O indicador é visto pelo mecado financeiro como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Em comparação com o mesmo período de 2019, porém, o índice recuou 7,05%.
Divulgados pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (14), o resultado sinaliza a retomada da atividade econômica após forte impacto causado pela pandemia da Covid-19. A alta vem acima do que o mercado esperava. Analistas da Reuters aguardavam uma alta de 4,7%, enquanto os economistas da LCA apontavam um crescimento de 3,9%.
Mas, embora tenha demonstrado alta em junho, o dado já indica o tamanho do tombo na atividade econômica para o segundo trimestre do ano. Segundo o Banco Central, a economia brasileira registrou um tombo de 10,94%, puxado, principalmente, pelo mês de abril.
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Já no acumulado dos últimos 12 meses, o indicador teve queda de 2,55%. A pontuação do índice, que serve de parâmetro para analisar o ritmo da economia brasileira, passou de 120,49 em maio para 126,38 em junho, na série dessazonalizada.
Vale destacar que os dados do setor de serviços e da indústria, divulgados nos últimos dias, surpreenderam positivamente. No caso da indústria, a alta foi de 8,9%, com recuperação em 24 de 26 setores analisados. Já o setor de serviços, após quatro meses consecutivos de queda, apresentou alta de 5%, um dos melhores resultados históricos para o mês de junho.
PIB para 2020 e o efeito pandemia
Já o mercado financeiro, passou por uma série de reavalições e, em sua nona revisão consecutiva, prevê uma queda de 5,62% para o PIB de 2020. A projeção de tombo já foi acima de 6%.
Enquanto isso, o Ministério da Economia mantém a previsão e estima que o PIB em 2020 recuará 4,7%. No entanto, a estimativa da pasta levava em conta o fim das medidas de distanciamento social em maio, o que não ocorreu.
Com expectativas mais pessimistas, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), projetam tombos de 8% e 9,1%, respectivamente, para o desempenho da atividade econômica do Brasil.
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