Preço de alimentos deve continuar subindo pelos próximos 2 anos, diz economista
Segundo Dumas, o problema não se deve apenas a crise de energia no país asiático, mas também o Furacão Ida
Os preços dos alimentos no Brasil podem ficar pressionados pelos próximos dois anos, disse o economista e professor do Insper Roberto Dumas à CNN nesta sexta-feira (8).
Ele também falou sobre a possibilidade de desabastecimento de produtos em 2022, como disse o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante live nas redes sociais nesta quinta (7). O problema, segundo o presidente, deve ser causado pela crise energética da China– um grande parceiro comercial do nosso país.
Segundo Dumas, o problema não se deve apenas a crise de energia no país asiático, mas também o Furacão Ida, que atingiu os Estados Unidos em agosto deste ano.
“Em termos de fertilizantes o Brasil está bem, o agronegócio conseguiu antecipar as compras, e já 60%, 70% da safra de 2021 e 2022 está bem. Mas para os defensivos agrícolas, que compramos 20% do montante da China e 20% dos Estados Unidos, ainda não foi adquirido pelos agricultores brasileiros. Isso pode impactar a safra de 2021 e 2022”, avaliou.
“Não sei até que ponto isso pode bater no abastecimento, mas que certamente vai bater nos preços dos alimentos e acabar prejudicando a renda do trabalhador menos privilegiado, vai. E isso acaba impactando o nível do consumo e do PIB do ano que vem.”
(Publicado por Ligia Tuon)