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    Pressão sob Petrobras não muda com PEC; intenção do governo é seguir com trocas na estatal

    Diretriz do governo de promover mudanças no comando da Petrobras não se altera com a solução encontrada para atenuar o preço dos combustíveis via impostos

    Renata Agostinida CNN

    O governo pretende manter a pressão sobre a Petrobras na esperança de que o atual comando da estatal segure reajustes nos preços no curto prazo. A apresentação da nova Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Combustíveis também não alterou a intenção de promover mudanças profundas na cúpula da petroleira, segundo ministros ouvidos pela CNN.

    Integrantes do comando da Petrobras foram avisados nos últimos dias sobre o “risco” de promover novos reajustes neste momento, de acordo com integrantes do governo.

    Ministros passaram recados de que, diante de todo esse esforço do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seu time para reduzir o preço do combustível, é arriscado promover um aumento grande no combustível no curto prazo. A informação foi confirmada por dois ministros sob reserva.

    Além de provocar a ira de Bolsonaro, um movimento brusco da estatal pode precipitar medidas do próprio Congresso em cima da empresa. “Cuidado. Olha o esforço que está sendo feito. Essa foi a mensagem enviada”, relatou um dos ministros à CNN.

    A diretriz do governo de promover mudanças no comando da Petrobras não se altera com a solução encontrada para atenuar o preço dos combustíveis via impostos. Um integrante do alto escalão do governo resumiu: “O roteiro segue igualzinho. Vamos mudar quase todo mundo. Vamos tirar quem precisar tirar”.

    De acordo com auxiliares de Bolsonaro, a diretriz é que mudar a composição do conselho de administração e nomes da diretoria da estatal atende ao desejo do governo de preparar a empresa para o processo de privatização. “A política e a frequência dos reajustes da Petrobras são efeitos colaterais do momento”, explicou um dos ministros.

    Oficialmente, o Planalto não se manifestou sobre o tema.

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