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    Pressão aumenta sobre Macron após protestos contra reforma previdenciária

    Carros foram incendiados durante a noite em Paris e outras cidades francesas em manifestações envolvendo vários milhares de pessoas

    da Reuters

    O presidente francês, Emmanuel Macron, enfrenta nesta sexta-feira (17) o mais grave desafio à sua autoridade desde os chamados protestos dos Coletes Amarelos, após a decisão de aprovar uma contestada reforma previdenciária sem votação, provocando distúrbios violentos durante a noite.

    Carros foram incendiados durante a noite em Paris e outras cidades francesas em manifestações envolvendo vários milhares de pessoas. Os sindicatos têm convocado trabalhadores a intensificarem os atos e bloquearam brevemente o anel viário de Paris nesta sexta-feira.

    “Algo fundamental aconteceu, e assim, imediatamente, mobilizações espontâneas ocorreram em todo o país”, disse o líder de esquerda Jean-Luc Melenchon. “Não é preciso dizer que eu os encorajo.”

    A reforma previdenciária aumenta a idade de aposentadoria da França em dois anos, para 64 anos, o que o governo diz ser essencial para garantir que o sistema não quebre. Os sindicatos e a maioria dos eleitores discordam do diagnóstico.

    Os franceses estão profundamente empenhados em manter a idade oficial de aposentadoria em 62 anos, que está entre as mais baixas dos países da OCDE.

    Mais de oito em cada dez pessoas estão insatisfeitas com a decisão do governo de se esquivar de uma votação no Parlamento, e 65% querem que greves e protestos continuem, mostrou uma pesquisa da Toluna Harris Interactive para a rádio RTL.

    Seguir em frente sem votação “é uma negação da democracia… uma negação total do que vem acontecendo nas ruas há várias semanas”, disse a psicóloga Nathalie Alquier, de 52 anos, em Paris. “É simplesmente insustentável.”

    Uma ampla aliança dos principais sindicatos da França disse que continuará a mobilização para tentar forçar o governo de Macron a recuar. Protestos ocorreram em cidades como Toulon nesta sexta-feira, e outros foram planejados para o fim de semana. Um novo dia de paralisação nacional está agendado para quinta-feira.

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