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    Presidente do Fed não descarta possibilidade de mais aumentos nas taxas de juros

    Jerome Powell fez declaração cuidadosa após a decisão do banco central dos EUA de manter a taxa de juros na faixa de 5,25% a 5,5% ao ano

    Do CNN Business

    Em entrevista coletiva após a reunião de política monetária dos Estados Unidos, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, teve o cuidado para não dar a impressão de que a instituição já encerrou o seu ciclo de aumentos nas taxas de juros.

    “Estamos preparados para aumentar ainda mais as taxas, se for apropriado”, afirmou Powell nesta quarta-feira (20).

    A reunião Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) decidiu por manter a taxa de juros na faixa de 5,25% a 5,5% ao ano.

    Logo em seguida, Jerome Powell completou a sua fala, dizendo que “o facto de termos decidido manter a taxa de juro nesta reunião não significa que tenhamos decidido se atingimos ou não, neste momento, a posição de política monetária que procuramos. ”

    O dirigente do Federal Reserve disse aos jornalistas que os próximos dados econômicos devem informar as próximas decisões do banco central, assim como o fato da inflação ainda permanecer acima da meta de 2% do Fed.

    De qualquer forma, Powell afirmou que um ou mais aumentos nas taxas neste ano não quebraria a economia norte-americana.

    “Eu não atribuiria grande importância a um aumento em termos macroeconómicos”, disse o presidente do Fed.

    “No entanto, precisamos chegar a um ponto em que estejamos confiantes de que temos uma decisão que reduzirá a inflação para 2% ao longo do tempo”, completou.

    Risco de paralisação do governo

    O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que uma iminente paralisação do governo poderia não apenas servir como um obstáculo econômico, mas também limitar a capacidade do Federal Reserve de obter dados importantes.

    No entanto, Powell não aprofundou sobre o assunto e nem confirmou a possibilidade da pausa acontecer. “Não comentamos sobre paralisações governamentais”, disse.

    “É possível, se houver uma paralisação do governo e durar até a próxima reunião [que termina em 1º de novembro], é possível que não obtenhamos alguns dos dados que normalmente obteríamos, e teríamos que lidar com isso”, afirmou.

    No início da conferência de imprensa desta quarta-feira, Powell reconheceu uma potencial paralisação como parte de uma “longa lista” de fatores que poderiam afetar a política monetária do Fed e a economia norte-americana.

    “São as greves, é a paralisação do governo, a retomada dos pagamentos de empréstimos estudantis, as taxas de longo prazo mais altas, o choque no preço do petróleo”, disse Powell. “Há muitas coisas que você pode observar. Então, o que tentamos fazer é avaliar todas elas e combater todas elas.”

    “Porém, há muita incerteza em torno dessas questões”, acrescentou.

    Veja também: Dólar recua com expectativa de decisões dos juros no Brasil e nos EUA

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