Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Presidente do BB: Chega uma hora que você se dá conta de que nada vai acontecer

    Segundo ele, o ambiente político do governo trata o time de liberais da equipe econômica “como um vírus”

    Renata Agostinida CNN

    O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, diz que a debandada no Ministério da Economia ocorre porque parte do time de Paulo Guedes entendeu que as resistências à agenda liberal são muito grandes. “Chega uma hora que você se dá conta de que nada vai acontecer”, afirmou à CNN. Segundo ele, o ambiente político trata o time de liberais da equipe econômica “como um vírus”.

    “Há convencimento por parte de alguns de que todo o ambiente nos trata como se fôssemos um vírus. O sistema em Brasília tem uma resistência muito grande. Nossa agenda liberal não interessa aos intervencionistas. As ideias que a gente defende entram em choque com o poder estabelecido em Brasília. O governo no seu todo não é liberal. Tem o Paulo e seu núcleo duro. E há o restante. Chega uma hora que você se dá conta que nada vai acontecer”, disse Novaes à coluna.

    Leia também:

    Real é a moeda que mais se desvaloriza após debandada na equipe de Guedes
    Apesar de debandada na equipe, Guedes diz a auxiliares que fica no governo

    Presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes
    Presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, disse que estresse internacional provocado pelo coronavírus é pontual
    Foto: Amanda Perobelli/Reuters

    Novaes anunciou no mês passado que vai deixar a presidência do Banco do Brasil. Ele segue no cargo até que um substituto ao posto seja anunciado. Ele é amigo de Guedes há décadas e participou da criação do programa de governo ainda em 2018.

    Apesar das baixas na equipe, Novaes afirma que Guedes seguirá firme no cargo e ministro da Economia.

    “Paulo [Guedes] tem determinação surpreendente. Achei que ele fosse se irritar e jogar tudo pro alto. Mas ele está convicto de que ele, com muita insistência, vai fazer as reformas”, disse. “Ele sabe que terá de negociar, mas vai conseguir as reformas essenciais. Ele  tem o senso de responsabilidade de que é o pau da barraca. Se ele sair, será uma trabalhada, o mercado vai reagir muito mal. Ele tem essa dimensão”, afirmou.

    Tópicos