Presidente da Fiemg diz que indústrias de Minas podem demitir até 60 mil por dia
Em entrevista para a CNN, Flávio Roscoe alerta para os impactos da crise econômica e diz que setor industrial do estado pode deixar até 16 milhões sem emprego
Os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus podem levar a indústria de Minas Gerais a demitir até 60 mil pessoas por dia. É o que diz estudo realizado pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) citado pelo presidente da entidade, Flávio Roscoe, em entrevista para a CNN nesta quarta-feira (25).
Segundo Roscoe, se a atividade industrial do estado perder cerca de 30% de sua capacidade produtiva, as indústrias de Minas Gerais podem desempregar até 16 milhões de pessoas, algo que “afetaria a realidade social do brasileiro”.
Por conta disso, o presidente da Fiemg defende que medidas de saúde não podem afetar a economia, e que estão dando “tiros de canhão e errando o alvo”. Diante da situação, Roscoe defende medidas “criativas” para combater a doença.
“Podemos gradualmente abrir o comércio de rua, deixando shoppings fechados, já que são ambientes isolados. Podemos recomendar também o uso de luvas para pessoas que saem nas ruas e também adotar postura mais restritiva com pessoas do grupo de risco”.
O presidente da Fiemg também aguarda a medida provisória do governo federal que irá regulamentar a suspensão dos contratos de trabalho no período de reclusão, e diz que ela é necessária para evitar demissões em massa.
“Empresas ainda não estão demitindo porque estão na espera da MP de suspensão do contrato de trabalho. Quando ela vier, espero que o governo passe a compensar o trabalhador. Caso essa medida não venha, teremos demissões aceleradas”.