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    Preços das passagens aéreas caem 3,9% em 2023 em meio a impasse entre setor e governo

    Aéreas pedem melhores condições para preços baixarem; governo defende queda do QAV e criará fundo para endereçar demandas por crédito

    Boeing 737 da Gol se prepara para pousar no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro
    Boeing 737 da Gol se prepara para pousar no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro 21/03/2019REUTERS/Sergio Moraes

    Danilo Moliternoda CNN

    São Paulo

    O preço médio das passagens aéreas registrou queda de 3,9% em 2023, em comparação com o ano anterior, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). O ano foi marcado por impasse entre o governo, que vê espaço para cifras menores, e o setor, que defende sua posição.

    No ano passado, a tarifa média se situou em R$ 636,32 ante R$ 662,61 de 2022. De acordo com a ANAC, do total de bilhetes vendidos no ano passado, mais da metade (51,2%) custaram até R$ 500. Outros 41,6% corresponderam a tarifas acima de R$ 500 e abaixo de R$ 1,5 mil. Por fim, 7,2% custaram mais de R$ 1,5 mil.

    A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que representa o setor no assunto, diz que a interlocução com o governo é positiva, mas pede, para os preços caírem, um ambiente com maior acesso ao crédito, a criação de linhas direcionadas e a revisão da política de preços do combustível da aviação (QAV).

    O governo Lula, que tem como uma de bandeiras a democratização do modal, defende que no primeiro ano de gestão o preço do QAV teve baixa considerável — o que deveria impactar nas passagens. Até dezembro, a queda acumulada em 12 meses no valor do combustível foi de 19,6%.

    Para endereçar a questão do crédito, o governo desenha um fundo garantidor para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) emprestar dinheiro para as companhias com juros mais baixos. As minúcias do fundo devem ser anunciados em março.

    Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o valor do fundo garantidor deve ficar entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões. A cifra atende a demanda das empresas, conforme o ministro. O dinheiro deve ser usado pelas empresas para adquirir aviões, melhorar estrutura e pagar débitos.