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    Preços da gasolina e do diesel no Brasil já estão abaixo do nível internacional, diz Abicom

    GLP (gás de cozinha), porém, está mais caro em relação ao preço externo

    Denise Luna, do Estadão Conteúdo

    O preço da gasolina e do diesel no Brasil ficaram abaixo da paridade de importação após a redução anunciada pela Petrobras esta semana, informa a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), indicando que as importações agora estão desfavoráveis.

    Desde meados de abril, o preço do diesel, e principalmente da gasolina, eram negociados nas refinarias da Petrobras acima da paridade de importação, deixando uma janela aberta para as compras de combustíveis no exterior.

    Desde a quarta-feira (17) o preço da gasolina e do diesel estão 12,6% mais baratos nas refinarias da estatal.

    Com isso, os preços praticados pela Petrobras para o diesel estão 8% mais baratos no mercado interno na comparação com o Golfo do México, e da gasolina, 4% menor.

    Já o Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie) avalia que o GLP (gás de cozinha), porém, manteve um prêmio em relação ao preço externo, o que afeta principalmente o preço do botijão de 13 quilos.

    Segundo o Cbie, no fechamento de quarta-feira, a gasolina vendida no Brasil estava custando 15% menos que a comercializada no exterior; o diesel estava 9% mais barato; enquanto o gás de cozinha manteve-se 27,27% mais caro em relação ao mercado internacional, deixando margem para uma queda de R$ 0,54 por quilo, depois de a estatal já ter reduzido o preço desse combustível usado para cozinhar em R$ 0,69.

    Na quarta-feira, mesmo dia em que a estatal reduziu os preços de combustíveis nas suas refinarias – o que deve voltar a acontecer em julho, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad -, o petróleo disparou 2,74%, para US$ 76,96 o barril. Já nesta quinta-feira (18) o petróleo recuava 0,90%, a US$ 76,27, reafirmando o alto grau de volatilidade da commodity.

    A expectativa do mercado é de que o preço do petróleo suba no segundo semestre, puxado pelo aumento de consumo sazonal de gasolina e diesel nas férias no hemisfério norte.

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