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    Preço do petróleo fica praticamente imóvel mesmo após acordo da Opep+

    Tratado entre países produtores, que se compromete a reduzir a oferta global em cerca de 10%, parece não ter impactado mercado

    Na manhã desta segunda-feira (13), os preços do petróleo operavam perto da estabilidade, mesmo com o impacto positivo de um acordo global para cortes recorde de oferta. Agora, surgem preocupações de que a medida talvez não tenha sido suficiente para reduzir uma sobreoferta no mercado causada pelo efeito do coronavírus sobre a demanda.

    Após quatro dias de negociações, a Opep+ — grupo de países produtores que contempla membros da Opep e outros como a Rússia — chegou a um acordo para reduzir a produção em 9,7 milhões de barris por dia (bpd) em maio e junho, o que representa cerca de 10% da oferta global.

    O petróleo Brent subia US$ 0,04, ou 0,13%, a US$ 31,52 dólares por barril, às 8h39 do horário de Brasília. O petróleo dos Estados Unidos (EUA) avançava US$ 0,13, ou 0,57%, a US$ 22,89 por barril.

    O presidente americano Donald Trump elogiou o pacto e disse que ele salvará empregos na indústria de energia norte-americana.

    Arábia Saudita, Kuweit e Emirados Árabes Unidos se comprometeram a fazer cortes ainda mais profundos que o combinado, o que pode na prática reduzir a oferta da Opep+ em 12,5 milhões de bpd ante os níveis atuais, conforme disse o ministro de Energia saudita.

    Enquanto isso, no entanto, analistas lançavam dúvidas sobre o comprometimento dos produtores com os cortes. Mesmo levando em conta o cumprimento total do acordo, a fraqueza da demanda ainda mantinha um teto aos ganhos no petróleo.

    “Nós esperamos que a decisão da Opep+ no máximo estabeleça um piso para o mercado”, disse Harry Tchilinguirian do BNP Paribas.

    “Nós não esperamos uma recuperação sustentada nos preços do petróleo até que haja uma liberação da demanda reprimida no terceiro trimestre.”

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